O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, registrou alta de 0,33% em julho. O dado, divulgado nesta sexta-feira (25/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou acima da projeção do mercado financeiro, que esperava um aumento entre 0,29% e 0,31%.
Entenda o IPCA-15 e suas diferenças em relação ao IPCA
- O IPCA-15 difere do IPCA, que é a inflação oficial do país, por abranger diferente região geográfica e ter período de coleta diferente, iniciado no dia 16 do mês anterior.
- O indicador inclui dados de famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, observando cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife e outras.
- A próxima divulgação referente a agosto será publicada em 26 de agosto.
Destaques da variação de preços em julho
- Alimentação e bebidas: -0,06%
- Habitação: 0,98%
- Artigos de residência: -0,02%
- Vestuário: -0,10%
- Transportes: 0,67%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,21%
- Despesas pessoais: 0,25%
- Educação: 0%
- Comunicação: 0,11%
O impacto de cada grupo na inflação do mês foi distribuído da seguinte forma: alimentação e bebidas contribuíram com -0,01 ponto percentual, habitação com 0,15 pontos, transporte com 0,13 pontos, saúde e cuidados pessoais com 0,03 pontos, entre outros.
Previsões e desafios para o IPCA de julho
Analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente pelo Banco Central, estimam que o IPCA deverá avançar 0,31% neste mês.
Segundo o relatório Focus, a previsão é que o índice oficial de inflação encerre o ano em 5,10%, acima do teto da meta de 4,5%. Para 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação entre 1,5% e 4,5%.
Os especialistas alertam que, se o índice ficar fora dessa faixa por seis meses consecutivos, a meta será considerada descumprida.
Acompanhe as próximas divulgações para compreender o cenário inflacionário do Brasil.