Brasil, 26 de julho de 2025
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Indiciados por sequestro e morte de adolescente em Teresina

Quatro pessoas foram indiciadas pelo sequestro e assassinato de Carlos Alexandre, de 14 anos, em Teresina. A investigação revela conexões criminosas.

No coração de uma investigação marcada por tragédias e disputas territoriais, Carlos Alexandre Pereira de Sousa, um garoto de apenas 14 anos, desapareceu em uma segunda-feira fatídica em maio deste ano. O caso, que chocou a comunidade de Teresina, agora avança com o indiciamento de quatro indivíduos, incluindo um músico que, incrivelmente, foi descartado do caso inicialmente.

O indiciamento e os envolvidos

As autoridades da Polícia Civil, sob a supervisão do delegado Jorge Terceiro, revelaram que os indiciados são acusados de homicídio qualificado, organização criminosa e corrupção de menores. Dentre os quatro, um músico, cujo carro foi usado na execução do crime, foi apontado como um proprietário que frequentemente emprestava seu veículo a criminosos. “Não só nessa ocorrência do adolescente, mas também mais de uma vez anteriormente esse senhor teria fornecido o veículo para criminosos lá na área, tendo como pagamento o recebimento de drogas para consumo próprio”, afirmou Jorge Terceiro.

Os outros três suspeitos, identificados como Francisco das Chagas Sousa, Michael e Mateus, já possuiam passagens por outros crimes e foram presos em operações anteriores. Francisco, em particular, é descrito como um chefe de uma boca de fumo no bairro Três Andares e está intimamente ligado ao contexto da morte de Carlos.

Conexões perigosas e motivações

O delegado destacou que a investigação não encontrou indícios de que Carlos Alexandre estivesse envolvido com atividades criminosas, mas a sua morte ocorreu em um clima de intensa rivalidade entre facções criminosas pela disputa de território na capital piauiense. “A motivação é a disputa de grupos faccionais aqui na capital por espaço territorial”, explicou. Essa rivalidade se intensificou, principalmente, que um dos indiciados, Francisco, tinha um passado que o ligava à região onde Carlos foi sequestrado.

A história se desenrolando

A investigação revelou que um irmão de Francisco Souza já havia cometido um crime contra um primo de Carlos, o que agravou a rivalidade familiar e territorial. Ao que tudo indica, a conexão entre a vítima e os suspeitos não era apenas casual, o que torna o caso ainda mais triste e complexo.

Um adolescente também foi apreendido, vinculado ao crime, indicando que a juventude está, mais uma vez, inserida em uma rede de violência que permeia as ruas da cidade. O fato de que crianças e jovens estão envolvidos em tais actos criminosos levanta questões sérias sobre a segurança e as oportunidades disponíveis para essas populações vulneráveis em Teresina e em outras cidades do Brasil.

A resposta da sociedade

O desfecho deste caso não é apenas uma questão de justiça, mas também traz à tona a discussão sobre as políticas de segurança pública e a necessidade de intervenção social para evitar que mais jovens se tornem vítimas de um sistema violento e desigual. A ansiedade e a dor da família de Carlos Alexandre estão visíveis, um lembrete constante da fragilidade da infância em contextos de criminalidade.

As autoridades agora se voltam para garantir que os culpados enfrentem as consequências de seus atos e que medidas sejam tomadas para restaurar alguma forma de segurança e previsibilidade para as crianças e adolescentes da região. Caso contrário, o ciclo de violência e morte pode continuar a se repetir, consumindo vidas inocentes e destruindo famílias.

As investigações continuam, e a população aguarda ansiosamente por respostas e ações que possam mudar esta triste realidade. Além da dor pela perda de Carlos, o clamor por justiça ecoa nas ruas, desejando que mais nenhuma família tenha que passar por uma provação semelhante.

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