Brasil, 26 de julho de 2025
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História de Jerusalém: da antiguidade à atualidade

Jerusalém, cidade sagrada para três religiões, carrega séculos de história e simbolismos que impactam o mundo até hoje.

Estabelecida sobre o Monte de Sião, Jerusalém se transformou na utopia da “Nova Jerusalém”, marcada por sua profunda significância religiosa e histórica. Hoje, entendemos a cidade não apenas como a atual capital de Israel, mas também como um centro espiritual essencial para judaísmo, cristianismo e islamismo.

A importância de Jerusalém

A cidade de Jerusalém é frequentemente reconhecida como um dos locais mais debatidos e significativos do mundo. Os eventos centrais da vida de Jesus Cristo ocorreram aqui, o que a tornou a capital religiosa de quatro das maiores tradições de fé do mundo. Com isso, a comunidade cristã que emergiu de Jerusalém, através dos eventos da Páscoa e de Pentecostes, é considerada a comunidade mãe do cristianismo.

Origem histórica

A origem de Jerusalém ainda provoca debates e incertezas entre historiadores. O desenvolvimento desta metrópole remonta, possivelmente, a mais de 3.200 anos antes de Cristo, e os registros sobre seus primeiros habitantes permanecem escassos. Durante o século XX a.C., a região de Canaã estava sob forte influência egípcia, que persistiu até cerca do século XV a.C. A cidade foi dominada pelos jebuseus até que foi conquistada pelo rei Davi por volta do ano 1000 a.C.

O apogeu e a decadência da Cidade Santa

Após a escravidão no Egito, na Era dos Reis, o povo hebreu viveu um período de grande prosperidade sob os comandos de Saul, Davi e Salomão. Este último é especialmente lembrado pela construção do Templo de Salomão, que se tornaria um símbolo da fé judaica. O salmo 122 expressa o profundo desejo dos judeus de visitar Jerusalém: “Que alegria quando me disseram: Vamos à casa do Senhor…”

Entretanto, após a morte de Salomão, o reino se fragmentou, e a cidade passou a sofrer consecutivas invasões. O Cativeiro da Babilônia e a dominação romana mudaram significativamente sua trajetória. Em 70 d.C., a cidade foi devastada, convertendo-se em Aedes Capitolina, uma cidade pagã sob domínio romano.

A Jerusalém contemporânea

Com a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C., Jerusalém foi eventualmente controlada pelo Império Bizantino. A conquista muçulmana que se seguiu permitiu certa liberdade religiosa para judeus e cristãos, embora estes tivessem que pagar impostos. Durante a Idade Média, as cruzadas buscavam recuperar a cidade, mas na maioria das vezes falharam.

No século XVI, Jerusalém ficou sob domínio otomano, que perdurou até 1917, quando as potências europeias intervieram após a Primeira Guerra Mundial. A famosa Diáspora judaica, que deu início após a destruição da cidade pelos romanos, levou muitos judeus a se espalhar pelo mundo. Em 1948, após a Segunda Guerra Mundial e o holocausto, a criação do Estado de Israel deu início a um novo capítulo na história de Jerusalém.

Atualmente, Jerusalém é um epicentro espiritual onde convivem judeus, muçulmanos e cristãos, todos buscando um espaço para praticar sua fé. A cidade continua a simbolizar os ideais de paz e justiça que muitos anseiam, e a esperança pela “Nova Jerusalém” ainda ressoa entre as várias tradições religiosas. Como expressa o Livro do Apocalipse, “escreverei o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce dos céus da parte de Deus…”

Jerusalém é, portanto, mais do que uma cidade; é um símbolo vivo de crenças, histórias e esperanças que atravessam os tempos. A busca por um futuro pacífico e harmonioso continua a inspirar tanto os habitantes locais quanto aqueles que, mesmo à distância, compartilham o sonho de uma Jerusalém unificada e sagrada.

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