Brasil, 26 de julho de 2025
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Descoberta surpreendente: lhamas podem ajudar a tratar esquizofrenia

Lhamas podem ser a chave para novas terapias contra esquizofrenia, revelam pesquisadores franceses em um estudo inovador.

Em uma descoberta de tirar o fôlego, pesquisadores franceses descobriram que lhamas, conhecidas por sua pelagem fofinha e olhares ousados, podem ser a solução para tratar a esquizofrenia. Este estudo revela como moléculas derivadas de anticorpos de lhamas podem auxiliar pacientes a superar déficits cognitivos associados à doença mental, algo que os tratamentos atuais ainda não conseguem resolver.

A pesquisa inovadora por trás da descoberta

A equipe do Instituto de Genômica Funcional em Montpellier, França, desenvolveu um “nanocorpo” — uma pequena fração de anticorpo que pode ativar um receptor específico de glutamato, fundamental para a sinalização cerebral. O mais impressionante é que essa molécula tem a capacidade de cruzar a barreira hematoencefálica, um obstáculo significativo no desenvolvimento de medicamentos, e atuar diretamente em receptores neurais quando administrada por via intravenosa ou intramuscular.

Em testes realizados em dois modelos pré-clínicos de esquizofrenia, uma única injeção do nanocorpo derivado de lhama foi suficiente para melhorar significativamente a função cognitiva em camundongos, com efeitos positivos observados por até uma semana.

Relevância para o tratamento de doenças psiquiátricas e neurodegenerativas

A pesquisa, publicada na renomada revista Nature, abre um novo caminho para o tratamento da esquizofrenia. Embora ainda sejam necessários mais estudos para determinar se essa abordagem pode ser ampliada para tratar outras doenças psiquiátricas e neurodegenerativas, os resultados são promissores.

Atualmente, a esquizofrenia afeta mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos, sendo uma condição mental crônica que distorce a percepção da realidade. Os tratamentos convencionais focam no controle de sintomas severos, como alucinações e delírios, mas raramente abordam as dificuldades cognitivas que os pacientes enfrentam.

A necessidade de novas alternativas terapêuticas

Com o surgimento de novas descobertas, como estas, há uma esperança renovada para aqueles que sofrem de esquizofrenia. “Nos humanos, obviamente não sabemos [ainda], mas em camundongos, sim, é suficiente para tratar a maioria dos déficits da esquizofrenia”, afirmou Jean-Philippe Pin, biólogo molecular do CNRS e autor do estudo, em entrevista ao Newsweek.

Entretanto, para que essas moléculas sejam transformadas em ferramentas terapêuticas viáveis, são necessários mais estudos quanto à segurança e biodisponibilidade. “Precisamos que uma empresa assuma nosso projeto ou encontrar investidores para criar uma startup”, comentou Pin.

O potencial das lhamas na medicina contemporânea

Vale ressaltar que este não é o primeiro estudo que destaca o potencial das lhamas na medicina. Recentemente, outra pesquisa sugeriu que os anticorpos derivados de lhamas também poderiam combater o COVID-19, oferecendo mais uma prova de que esses animais podem ser a chave para o desenvolvimento de terapias inovadoras.

“Este trabalho fornece uma base sólida para o desenvolvimento de anticorpos de próxima geração que poderiam ser vitais no combate não apenas às ameaças atuais de coronavírus, mas também a futuras”, declarou Dr. Xavier Saelens, autor do estudo, e principal investigador do VIB-UGent Center for Medical Biotechnology na Bélgica.

Enquanto a ciência avança em sua compreensão de como as lhamas podem contribuir para tratamentos inovadores, a pesquisa abre novas possibilidades de esperança para pacientes em busca de efetividade no tratamento da esquizofrenia e outras condições mentais.

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