A deputada democrata Jasmine Crockett afirmou nesta segunda-feira que o ex-presidente Donald Trump estaria destruindo provas relacionadas ao caso Epstein, indicando uma tentativa de esconder informações relevantes sobre o condenado por abuso sexual. Crockett fez a acusação durante uma entrevista com o influenciador digital Russell Ellis, conhecido como Jolly Good Ginger, alertando que provas podem estar sendo apagadas até a retomada do Congresso em setembro.
Acusações de Crockett sobre destruição de provas
De acordo com a deputada, há indícios de que o governo de Trump estaria envolvendo-se na destruição de evidências relacionadas ao caso Epstein, cuja controvérsia ainda domina o cenário político e jurídico. “Desde ‘está no meu desk’ até ‘não existe’, eles podem estar destruindo provas. Sabemos que ele não está acima disso”, afirmou Crockett, sugerindo que ações similares teriam ocorrido na gestão do ex-presidente.
Essa denúncia surge após a decisão do presidente da Câmara, Mike Johnson (REPUBLICANO-LOUISIANA), de encerrar as sessões por cinco semanas até setembro, bloqueando esforços bipartidários para votar a liberação dos arquivos de Epstein. A medida foi criticada por opositores que tentam obter transparência sobre o caso.
Investigação sobre Epstein e relação de Trump
Recentemente, Trump e a Procuradora-Geral Pam Bondi enfrentaram críticas acerca do manejo dos arquivos de Epstein, após um memorando do FBI e do Departamento de Justiça afirmar que a morte do financiador em 2019 foi um suicídio e que não há uma “lista de clientes”.
Bondi chegou a afirmar, em fevereiro, que uma suposta lista de clientes estava “sobre sua mesa”, o que também levantou suspeitas e alimentou teorias de conspiração, especialmente após a reação negativa de apoiadores de Trump ao comunicar-se sobre o tema.
Histórico de conflitos e teorias de encobrimento
As investigações mais recentes aprofundaram o vínculo de Trump com Epstein, com jornais explorando registros que indicam encontros e festas na época, o que aumenta as suspeitas de uma possível tentativa de encobrimento de figuras influentes associadas ao financista condenado.
Em 2022, o FBI realizou uma busca na propriedade Mar-a-Lago de Trump para recuperar documentos classificados, uma operação que resultou na sua posterior absolvição por questões processuais, mas que Crockett criticou ao alegar que provas também estariam sendo destruídas nesse episódio.
Reação e impacto político
As declarações de Crockett intensificam o debate sobre a transparência do governo dos EUA em relação aos arquivos confidenciais de Epstein, com opositores questionando possíveis motivações de encobrimento por parte da administração Trump, especialmente diante da resistência do Congresso em divulgar os documentos.
Especialistas afirmam que essas denúncias podem contribuir para uma maior pressão sobre as entidades federais e gerar novos desdobramentos na investigação em andamento.
Perspectivas futuras
O cenário sugere que a discussão sobre os arquivos de Epstein e a conduta do ex-presidente continuará prevalecendo na agenda política e jurídica, com novas revelações possivelmente emergindo nos próximos meses. A oposição promete manter a pressão para esclarecer as relações ocultas e garantir a transparência no caso.
Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost e está sendo amplamente repercutido na mídia estadunidense, reacendendo debates sobre justiça e responsabilidade no governo.
