Brasil, 26 de julho de 2025
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Críticas ao interesse dos EUA nas riquezas brasileiras

Aliados de Lula manifestam críticas ao governo Trump por suas intenções de exploração mineral no Brasil.

No cenário político atual, as tensões entre Brasil e Estados Unidos aumentam à medida que o governo Bolsonaro se aproxima de lideranças ligadas ao ex-presidente americano, Donald Trump. As críticas não tardaram a surgir, principalmente entre os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que demonstraram preocupação com o que consideram uma ingerência dos EUA nas riquezas brasileiras, especialmente em recursos minerais como terras raras e petróleo.

A crítica dos aliados de Lula

Entre os que se manifestaram, destaca-se o deputado Bohn Gass (PT-RS), que apontou a ambição dos EUA por diversos aspectos da economia brasileira, inclusive os sistemas de pagamento (pix), petróleo e os impactos negativos das novas tarifas impostas pelo governo Trump. “Trump sabe que só o bolsonarismo teria a desfaçatez de renegar a soberania para lhe entregar tudo o que ele quer”, destacou Gass em suas postagens nas redes sociais.

Além dele, o ex-senador Roberto Requião (PDT-PR) também criticou a situação, afirmando que Trump quer as “terras raras do Brasil, o petróleo, a água e o governo da República submetido aos seus desejos”. Essas declarações indicam uma crescente insatisfação com a relação entre os dois países e um apelo por uma maior proteção das riquezas nacionais.

A tensão e as novas taxas

Nos Estados Unidos, a articulação em torno do interesse por esses recursos é liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que não apenas pediu sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas também se manifestou favorável ao tarifaço, uma medida que visa dificultar a exportação de produtos brasileiros, forçando o governo a uma negociação a favor de interesses americanos.

O interesse do governo dos EUA em estabelecer acordos para a aquisição de recursos minerais brasileiros foi elencado por Gabriel Escobar, que se reuniu com representantes do setor de mineração no Brasil. Essa reunião foi seguida por um encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que está à frente das negociações com os EUA, na tentativa de evitar que as exportações brasileiras sejam impactadas pelas novas tarifas, que podem ter um efeito devastador, com a aplicação de taxas de 50% sobre produtos importados.

Projeto legislativo em discussão

Em resposta às ameaças externas, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) revelou estar pensando em apresentar um projeto para garantir que a exploração de terras raras seja mantida sob controle da União. “É para levantar esse debate contra essa ingerência externa que está de olho nas nossas riquezas”, afirmou o parlamentar, que enfatizou a importância de proteger os recursos minerais do Brasil, especialmente aqueles imprescindíveis para ciência e tecnologia.

Sociedade e soberania nacional

O presidente Lula, em um evento recente em Minas Gerais, reafirmou a importância da soberania nacional, afirmando que deve ser construída e preservada pelo “povo brasileiro que trabalha”. O mandatário destacou que o Brasil possui 12% da água doce do mundo e múltiplas riquezas, incluindo petróleo e minerais preciosos, que devem ser protegidos contra a cobiça estrangeira. “Este país é do povo brasileiro”, enfatizou Lula, sublinhando a necessidade de resistência contra as demandas do governo Trump.

À medida que a situação se desenvolve, fica claro que o debate sobre a exploração de recursos naturais brasileiros e a defesa da soberania nacional continuarão a ser temas centrais no discurso político. A preocupação com a integridade das riquezas nacionais reflete uma crescente consciência entre os parlamentares e a população acerca da importância da autonomia e do controle sobre os recursos naturais do país.

O futuro das relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e EUA dependerá, em grande medida, de como o governo brasileiro conseguirá equilibrar a pressão externa com a necessidade de proteger suas respectivas riquezas e interesses nacionais.

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