Durante uma coletiva na San Diego Comic-Con, Trey Parker e Matt Stone explicaram como conseguiram inserir um micropênis na sátira de Trump sem blurred ou censura direta. A cena incluía uma PSA onde, na sátira, o ex-presidente tem um micropênis que ganha vida.
A tática dos criadores para mostrar o micropênis
Na cena, Trump está deitado no deserto quando seu micropênis “pequeno” se levanta e fala com ele, com a frase: “Trump: His penis is teeny tiny, but his love for us is large”. Para contornar a restrição comum de mostrar órgãos genitais em televisão, Parker revelou que eles simplesmente colocaram olhos em cima do micropênis. “Se colocarmos olhos, não precisamos blurar”, explicou ele.
Stone complementou: “Colocamos olhos nele, virou um personagem”. Essa estratégia gerou uma longa discussão de cerca de quatro dias com a equipe de produção, que inicialmente queria censurar ou borrar a imagem. Segundo Parker, a ideia era fazer do micropênis um personagem, o que permitiu sua exibição de forma mais “aceitável” para TV.
O segredo revelado por Trey Parker e Matt Stone
Conforme narrado pelos criadores, a solução simples foi adicionar um par de olhos ao micropênis, transformando-o em uma personagem animada. “É uma character”, afirmou Parker. Essa abordagem criativa garantiu que a cena polêmica passasse sem censura explícita, demonstrando como a criatividade e o humor mordaz de “South Park” continuam relevantes.
Contexto e impacto
A tática ilustra a ousadia do programa ao desafiar limites de censura e mostrar sátiras políticas de forma explícita, usando recursos que parecem simples, mas que fazem toda a diferença na narrativa. Além de divertir, a técnica também revela o pensamento estratégico por trás da produção.
Para quem quiser conferir, a cena pode ser vista na própria série ou em materiais de bastidores divulgados pelos criadores.
Perspectivas futuras
A revelação reforça o caráter irreverente do “South Park” e mostra que, com criatividade, limites podem ser contornados. Os criadores continuam usando estratégias engenhosas para manter o humor ácido e a crítica social acerada sem abrir mão da liberdade artística.