Brasil, 26 de julho de 2025
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Câmera registra mais um ataque a ônibus em SP

Um homem foi preso após jogar um pedaço de concreto no para-brisa de um ônibus na Zona Sul de SP, onde ataques têm aumentado.

Na última quinta-feira, dia 24, um ataque a ônibus na Zona Sul de São Paulo foi registrado por câmeras de segurança, mostrando a ousadia de criminosos que têm causado grandes preocupações à população e autoridades. Na ocasião, um homem foi flagrado jogando um pedaço de concreto contra o para-brisa de um coletivo, estilhaçando-o completamente. Essa é mais uma ocorrência em uma série de ataques que vem afetando o transporte público na capital paulista.

Ação rápida da polícia

O incidente ocorreu na Avenida Cupecê, próximo à Avenida Rodrigues Montemor, no bairro Jardim Itacolomi. A filmagem capturou o momento em que o homem corre pela calçada, pega um bloco de concreto, o fragmenta em partes menores e, em seguida, o arremessa contra o ônibus da linha 5178-10. Após a análise das imagens, policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) identificaram e prenderam o suspeito na tarde desta sexta-feira, dia 25. Ele foi levado à delegacia, onde a investigação do caso continua.

Um cenário alarmante

Desde junho, a situação de ataques a ônibus na capital e na região metropolitana de São Paulo se tornou alarmante, com mais de 800 incidentes registrados. Somente na cidade, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans contabilizaram 549 veículos depredados, sendo quatro apenas nos dias 24 e 25. Esse aumento preocupante no número de ataques lança luz sobre a insegurança enfrentada por passageiros e motoristas do transporte público.

Reflexo na segurança pública

Como resposta a essa situação crítica, a Prefeitura de São Paulo anunciou um reforço na segurança do transporte público municipal com a inclusão de 200 agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Os agentes atuarão dentro dos ônibus, além de oferecer suporte em pontos com registros frequentes de ataques. Embora a estratégia das linhas de atuação seja mantida em sigilo por razões de segurança, a prefeitura está em diálogo com a Polícia Militar sobre a possibilidade de utilizar policiais da Operação Delegada, que permite que eles trabalhem em seus dias de folga, recebendo um pagamento adicional.

A investigação avança

Além da prisão do suspeito do ataque registrado na quinta-feira, outras 17 pessoas foram detidas e acusadas de participação nos apedrejamentos de ônibus. Até o momento, a motivação por trás dos ataques ainda não foi divulgada oficialmente, mas uma das teorias sugere uma disputa interna dentro do sindicato dos trabalhadores do transporte público. Uma das prisões mais notáveis foi a de Edson Campolongo, um servidor público de longa data, que tinha mais de 30 anos como motorista concursado da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Ele é suspeito de ter cometido ao menos 17 ataques, utilizando até mesmo um carro oficial da empresa durante as ações.

O papel da tecnologia na investigação

A identificação de Edson como um dos principais suspeitos decorreu, em grande parte, da análise de imagens de câmeras de segurança. O veículo, um Virtus branco que carregava a logomarca da CDHU, foi crucial para traçar seu percurso e conectar os pontos dos ataques na região do ABC Paulista. Seu irmão também foi detido sob suspeita de envolvimento nos crimes.

À medida que os ataques se tornam mais frequentes, a população e as autoridades esperam que as medidas de segurança sejam efetivas para garantir a proteção dos cidadãos que dependem do transporte coletivo. Em um clima de crescente insegurança, todos esperam que a combinativa de força policial e a resolução rápida de casos ajude a restabelecer a confiança no transporte público de São Paulo.

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