A seleção brasileira feminina de futebol garantiu sua passagem para as semifinais da Copa América, após um jogo tenso e disputado contra a Colômbia, que terminou em empate sem gols no Complejo Independiente del Valle, em Quito. Apesar de já estar classificada para a próxima fase, a equipe de Arthur Elias teve que lidar com a pressão e a necessidade de vitória do adversário, o que resultou em um confronto estratégico e cheio de emoções.
Cenário da partida
A partida começou com a Colômbia buscando ataques rápidos, principalmente pela direita, com a atacante Caicedo pressionando a defesa brasileira, que teve que se adaptar ao estilo de jogo adversário. A estratégia colombiana incluía lançamentos para as pontas e uma marcação alta, o que dificultou a saída de bola do Brasil. Com isso, a seleção brasileira, que já havia mostrado um bom desempenho na competição, teve dificuldades em construir jogadas perigosas, resultando em uma série de faltas para tentar controlar o ritmo do jogo. No total, foram mais de 35 infrações cometidas por ambas as equipes durante a partida.
Impasse devido à expulsão
Aos 20 minutos de jogo, um dos momentos mais polêmicos aconteceu quando a goleira brasileira Lorena foi expulsa. Ela recebeu um cartão amarelo inicialmente após sair da área para parar um ataque colombiano, mas, após consultar a bandeirinha, a árbitra decidiu expulsá-la, gerando um desentendimento que durou mais de sete minutos. A falta de um sistema de VAR foi notada neste momento, já que a tecnologia só seria utilizada a partir das semifinais do torneio, levantando preocupações sobre a arbitragem nesse contexto.
Desafio na defesa brasileira
Com uma jogadora a menos, o Brasil teve que se resguardar ainda mais defensivamente, enquanto a Colômbia tentou explorar a superioridade numérica. No entanto, a equipe colombiana não conseguiu furar a defesa brasileira, que se manteve organizada mesmo sob pressão. O segundo tempo mostrou uma Colômbia com menos intensidade, possivelmente impactada pela altitude de Quito, e mesmo com um a mais, a equipe não conseguiu converter essa vantagem em gols.
O futuro das seleções
Com o empate, o Brasil terminou a fase de grupos como líder e agora prepara-se para enfrentar o Uruguai na semifinal, que acontece na próxima terça-feira, às 21h. Contudo, a equipe terá que lidar com a saída da goleira titular Lorena, além das incertezas sobre a saúde de Gabi Portilho e Yaya, que saíram machucadas da partida.
No lado colombiano, a equipe também avançou e se prepara para um confronto contra a Argentina, que ocorrerá na segunda-feira, no mesmo horário. O jogo promete ser igualmente emocionante, especialmente com a forte rivalidade entre as seleções sul-americanas.
Configurações do torneio
O torneio da Copa América feminina tem sido uma plataforma importante para as equipes da América do Sul, proporcionando experiências e visibilidade às jogadoras. A expectativa agora é que as semifinais apresentem um nível ainda maior de competitividade e talento, visto que cada equipe busca um lugar na tão desejada final.
Os torcedores brasileiros têm motivos para se animar, mesmo com a saída da goleira titular, visto que a seleção tem mostrado uma forte continuidade em sua performance. Com a resiliência demonstrada no jogo contra a Colômbia, o Brasil está preparado para os desafios que virão e continua seu caminho em busca do título da Copa América feminina.