Brasil, 26 de julho de 2025
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Brasil busca acordos comerciais com México e Canadá diante de tarifas dos EUA

O Brasil investirá em negociações com México e Canadá para reforçar sua ligação comercial, face às sobretaxas impostas pelos EUA.

Diante da ameaça de impedimento às exportações brasileiras nos Estados Unidos, por causa de uma sobretaxa de 50% que entrará em vigor em 1º de agosto, o Brasil passará a intensificar acordos comerciais com México e Canadá. A estratégia visa diversificar mercados e proteger suas exportações.

Brasil busca fortalecer acordos na América do Norte e do Sul

As negociações rápidas, com prazo de dois a três meses, visam ampliar a presença do Brasil na região. Segundo integrantes do governo, o próximo mês de setembro será dedicado à proposta de retomada de um acordo de livre comércio com o Canadá, com a visita do ministro de Comércio canadense, Maninder Sidhu, prevista para agosto.

Ao mesmo tempo, está em andamento uma conversa telefônica entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e a mexicana Claudia Sheinbaum, na qual ficou definido que o vice-presidente Geraldo Alckmin visitará o México nos dias 27 e 28 de agosto. A missão brasileira buscará ampliar as relações com o país, incluindo setores aeroespacial, farmacêutico, energético e agrícola.

Ampliação de acordos e desafios no comércio com os EUA e Canadá

O governo brasileiro trabalha também para ampliar um acordo vigente com o México. Além disso, há interesse em alianças que envolvam o setor nuclear, de aeronaves e semicondutores com o Canadá. Entretanto, o país enfrenta dificuldades devido à dependência de seus principais mercados, especialmente dos EUA, onde cerca de 50% do aço, 46% do cobre e 90% do alumínio produzidos aqui são exportados.

Com os EUA, destaca-se que mais de 10 mil empresas brasileiras podem ser afetadas pelas tarifas aplicadas pelo governo Trump, como explicou o ministro Fernando Haddad. A medida busca compensar a perda de mercado e criar novas rotas de exportação.

Dados comerciais e impacto das tarifas

Dados do Ministério do Desenvolvimento indicam que, em 2024, o Brasil exportou US$ 54,5 bilhões para a América do Norte, com um superávit de US$ 5,4 bilhões. Os principais produtos vendidos foram siderúrgicos, petróleo, máquinas, café, carne bovina e equipamentos de construção civil. Por outro lado, o déficit com os EUA foi de US$ 284 milhões, enquanto com o Canadá, o saldo foi de US$ 273 milhões.

Com o México, as exportações totalizaram US$ 132 milhões em 2024, predominando carne bovina, soja e automóveis. Um fortalecimento das relações comerciais na região é considerado estratégico para o governo brasileiro.

Perspectivas futuras e desafios

A prioridade do Brasil é diversificar seus parceiros comerciais, buscando maior autonomia frente às dependências das tarifas e políticas protecionistas dos EUA. O governo também trabalha para avançar em negociações com países asiáticos, como Japão, Vietnã e Indonésia, durante sua presidência pro tempore do Mercosul no segundo semestre.

Apesar dos obstáculos, há otimismo na intenção de ampliar o comércio com os vizinhos e fortalecer a inserção do Brasil nas cadeias globais, minimizando os efeitos das políticas tarifárias americanas e melhorando os resultados comerciais.

Para mais detalhes, acesse este link.

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