No litoral do Rio Grande do Norte, uma história intrigante vem chamando atenção. O austríaco naturalizado brasileiro Werner Rydl, de 67 anos, afirma ter fundado sua própria nação em águas internacionais, alegadamente próxima à mítica Atlântida. De acordo com ele, esse local secreto é o abrigo de um tesouro colossal: mais de 300 toneladas de ouro.
A busca pela Atlântida
Rydl, atualmente residindo em uma casa alugada à beira da praia, narra que a viagem até a ilha fictícia requer cerca de sete horas de navegação. Ele assevera que guarda um imenso montante de ouro submerso entre 40 e 60 metros de profundidade na área que ele chama de Seagarland. No entanto, essa região não aparece em mapas reconhecidos, o que gera desconforto e ceticismo entre muitos.
As coordenadas fornecidas por Rydl levam a uma área de águas internacionais na Foz do Amazonas, destacando-se como um território fora do alcance de jurisdições e impostos. Rydl crê que, ao armazenar sua fortuna em alto-mar, está preservando seu patrimônio de um sistema que considera “corrupto”, tanto no Brasil quanto na Áustria.
Segurança pouco convencional
Para acessar essa fortuna, Rydl afirma dispor de equipamentos que se assemelham a submarinos, os quais seriam usados para mergulhar até plataformas onde seu ouro está armazenado. Contudo, os detalhes sobre o funcionamento dessas tecnologias permanecem vagos e despertam uma série de questionamentos. A falta de clareza nas informações sugere que Rydl pode estar evitando certas revelações por questões de segurança ou até mesmo por não possuir uma narrativa mais sólida.
Jovem excêntrico com um passado conturbado
A vida de Rydl não é apenas marcada por riquezas e tesouros subaquáticos; sua história é envolta em controversas e desafios. No início dos anos 90, ele investiu seu dinheiro em joias enquanto enfrentava um esquema de sonegação de impostos na Áustria, que o levou a derreter seu ouro e escondê-lo na Atlântida.
No Brasil, Rydl se envolveu em negócios com empresários que considera “isentos”, e os nomes dessas pessoas estão listados em seu site, Seagarland. Ao ser questionado sobre a legalidade dessas transações, ele mencionou que as evidências estavam contidas em um CD apreendido pela Polícia Federal durante sua primeira prisão em 2006, quando foi extraditado para a Áustria. Voltando ao Brasil em 2013, Rydl alegou que as provas foram destruídas.
Encontros com a justiça
A história de Rydl está repleta de encontros com as autoridades. Em 2013, parte de seu ouro foi apreendida em Cuiabá, ocasião em que ele foi detido com uma barra de cerca de 6 quilos que não tinha comprovação de origem. Na época, seu advogado se referiu ao metal como um “amuleto” da sorte e fez uma declaração que se tornou emblemática: “Ele é excêntrico.”
Apesar das controvérsias e desafios legais que o cercam, Rydl continua firme em suas afirmações e em seu estilo de vida particular. A narrativa não apenas provoca a curiosidade em torno da figura de um homem em busca da Atlântida, mas também levanta questões sobre a própria legislação e a eficácia das autoridades diante de situações peculiares como esta.
Conforme a história de Werner Rydl se desenrola, muitos se perguntam: seria ele um visionário que encontrou uma maneira de escapar da corrupção e viver de acordo com suas próprias regras? Ou seria apenas um excêntrico que alimenta fantasias? Somente o tempo e a evidência poderão responder a essas perguntas.
Com cada nova revelação, a saga de Rydl promete continuar surpreendendo e intrigando a sociedade brasileira e internacional.