O velório de Preta Gil, realizado nesta sexta-feira (25) no histórico Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi um evento de grande comoção que reuniu amigos, familiares e admiradores da cantora. A escolha das roupas brancas pelos presentes na cerimônia faz parte de uma tradição do Candomblé, religião praticada por Preta, e representa luto, purificação e uma conexão espiritual com Oxalá.
A cor branca e sua simbologia no Candomblé
Durante a cerimônia, a cor branca não foi escolhida por acaso. No contexto do Candomblé, o branco é símbolo de reverência e espiritualidade. Ele é associado a Oxalá, orixá que representa a paz e a harmonia. Por conta disso, amigos e familiares optaram por vestir a cor como um sinal de respeito à fé e à vida da artista, que faleceu aos 50 anos, após uma batalha contra o câncer no intestino.
O filho da cantora, Francisco Gil, foi um dos que seguiram a tradição, comparecendo ao velório com sua namorada, Alane Dias, ambos vestidos de branco. Outros familiares também optaram pela mesma cor, mostrando unidade e amor em um momento tão difícil. Além disso, camisetas com imagens da cantora foram vistas entre seus amigos mais íntimos, como O Kannalha e Malu Mader, simbolizando a forte conexão que todos tinham com Preta.
Artistas e famosos prestam suas últimas homenagens
O evento contou com a presença de diversos artistas renomados, que se juntaram em solidariedade à família de Preta Gil. Nomes como Maju Coutinho, Taís Araújo, Regina Casé, Fernanda Paes Leme, Alice Wegmann, Luiz Miranda, Caio Blat e até Janja Lula da Silva marcaram presença com roupas brancas, reforçando a ideia de união e homenagem à artista que tanto fez pela música brasileira.
O clima emocional do velório ficou evidente nas palavras e ações dos presentes. A maioria dos amigos e familiares compartilhou memórias e histórias sobre Preta, celebrando a vida dela e o impacto que teve na indústria da música e na vida das pessoas que a cercavam.
A despedida e o caminho final
Após o velório aberto ao público, o corpo de Preta Gil foi levado em cortejo ao Cemitério da Penitência, localizado no Caju. Uma cerimônia restrita ocorrerá antes da cremação, conforme desejo da cantora, que expressou sua vontade de ser cremado ainda em vida.
Nos últimos dias, detalhes sobre as condições de saúde de Preta se tornaram públicos, revelando que ela havia tentado retornar ao Brasil em uma UTI aérea, mas não conseguiu sobreviver à doença, falecendo em uma ambulância a caminho do hospital em Nova York, no dia 20 de julho.
O legado musical de Preta Gil, sua energia contagiante e seu amor pela vida deixarão uma marca indelével na cultura brasileira. Sua forte presença na luta por direitos, bem como sua autenticidade como artista e pessoa, a tornaram uma figura admirada e respeitada por muitos. A despedida coletiva no Theatro Municipal é um reflexo do amor que muitos sentem por ela, e a celebração de sua vida e carreira será sempre lembrada.
