Brasil, 26 de julho de 2025
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Aliados de Hugo Motta criticam ameaça de Eduardo Bolsonaro

Após declarações de Eduardo Bolsonaro sobre sanções do EUA, aliados do presidente da Câmara demonstram irritação e afirmam que isso pode prejudicar a oposição.

Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressaram sua irritação nesta sexta-feira (2/7) com as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em uma entrevista, Eduardo insinuou que Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), poderiam ser alvos de sanções pelo governo dos Estados Unidos.

Um dos aliados de Motta descreveu a possibilidade de sanções como um “absurdo” e expressou a esperança de que essa situação não aconteça. De acordo com líderes no Congresso, as declarações de Eduardo Bolsonaro demonstram um isolamento político que pode trazer prejuízos para a oposição.

O que disse Eduardo?

Pela manhã, Eduardo Bolsonaro comentou que Motta e Alcolumbre podem enfrentar a suspensão de vistos e sanções por parte do governo de Donald Trump. Ele emitiu uma grave advertência durante uma entrevista ao programa Oeste com Elas, no YouTube, afirmando que “se o Brasil não conseguir pautar a anistia e o impeachment do Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim”.

  • Eduardo ressaltou que, apesar de Alcolumbre não estar “nesse estágio ainda”, ele é um dos políticos que podem ser alvo do governo americano, e que tanto ele quanto Hugo Motta devem se atentar às consequências de suas ações.
  • No contexto da entrevista, a chamada Lei Magnitsky, que permite a aplicação de sanções econômicas a indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos, foi mencionada. Eduardo afirmou que o Brasil pode estar “mais perto do que nunca” de ver essa legislação ser aplicada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Conforme a coluna de Paulo Cappelli, o Metrópoles havia noticiado que o governo Trump está considerando a aplicação de sanções específicas contra Motta e Alcolumbre, um desdobramento que poderia trazer impactos significativos no cenário político brasileiro.

Líder do PT critica a estratégia de Eduardo

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) manifestou sua reprovação em relação às declarações de Eduardo Bolsonaro. O líder do PT na Câmara dos Deputados afirmou que a tentativa de “chantagem” por parte do parlamentar deve ter o efeito oposto do que ele espera.

Na visão de Lindbergh, Eduardo Bolsonaro está “queimando todas as pontes” e tentando intimidar o Congresso Nacional com sanções estrangeiras para que os legisladores aprovem o projeto de anistia para aqueles envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Com isso, o deputado acredita que em vez de suscitar apoio entre os parlamentares, a estratégia pode resultar em um maior isolamento de Eduardo na política brasileira.

Essa situação se insere em um contexto mais amplo de tensões políticas no Brasil, onde as relações entre os poderes executivo, legislativo e as instâncias internacionais têm sido alvo de posições polarizadas. A ameaça de sanções estrangeiras é uma questão delicada e que pode repercutir de forma muito mais complexa do que a apresentada por Eduardo Bolsonaro.

É evidente que as declarações do deputado repercutiram fortemente no meio político, acendendo um alerta entre os deputados sobre a possibilidade de intervenções externas em questões internas. A postura de Eduardo e sua relação com a figura do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em um processo de redimensionamento político, será um fator crucial para os desdobramentos futuros.

Com o clamor em torno da anistia e o impeachment do ministro do STF, a crise de confiança entre os poderes se aprofunda, gerando um cenário volátil que exige mais diálogo e menos antagonismo para que se possa alcançar um entendimento político pautado no respeito às instituições e à legislação vigente.

O desfecho dessa conturbada situação política vai depender, em grande parte, da habilidade dos líderes em navegar por essa tempestade, e se Eduardos e aliados vão conseguir manter sua influência na Câmara e no Senado será uma questão que o Brasil acompanhará de perto.

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