Brasil, 26 de julho de 2025
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Advogado é suspenso pela OAB após prisão por suspeita de homicídio

Advogado detido por envolvimento na morte de conselheiro da OAB-CE é suspenso por um ano em decisão que reforça a ética na profissão.

A prisão do advogado Lucas Arruda Rolim, de 33 anos, na última quarta-feira (23), por suspeita de envolvimento no assassinato do conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Silvio Vieira da Silva, de 54 anos, resultou em uma drástica ação disciplinar. A OAB-CE anunciou nesta quinta-feira (24) a suspensão temporária de Rolim por um período de um ano, destacando a gravidade dos fatos que cercam o caso e a necessidade de preservar a ética e a dignidade da advocacia.

Decisão da OAB-CE e suas implicações

A decisão pela suspensão foi tomada pela diretoria da OAB-CE em conjunto com o Tribunal de Ética e Disciplina (TED/OAB-CE). Segundo o comunicado oficial, a gravidade das acusações contra Rolim, que envolvem atos incompatíveis com a prática da advocacia, levou a essa medida cautelar. “A Ordem reafirma a defesa do bom nome da advocacia e da preservação do respeito social que a profissão requer”, disse a OAB em nota.

Durante o período de suspensão, a carteira profissional de Lucas Rolim será retida, e a decisão será comunicada a todos os órgãos da entidade, garantindo que fique registrada no Cadastro Nacional de Advogados (CNA) e no Cadastro Nacional de Sanções Disciplinares (CNSD).

O contexto do assassinato

O conselheiro da OAB, Silvio Vieira, foi assassinado no dia 5 de maio, no bairro Genibaú, em Fortaleza, após ser atraído para o local sob o pretexto de receber um pagamento de R$ 4 mil. No momento em que chegava, ele foi atacado e morto no interior de seu veículo. As investigações indicam que Silvio recebeu várias ligações insistindo para que ele se dirigisse ao bairro para a transação financeira, apesar de ter solicitado que o pagamento fosse realizado via transferência eletrônica.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) sugeriu que a motivação do crime poderia estar ligada à incapacidade do advogado em obter a soltura de um membro de uma facção criminosa, embora a polícia não tenha confirmado essa hipótese. Lucas Rolim é considerado o quarto envolvido preso nesse caso, levantando preocupações sobre a relação entre advocacia e crime organizado.

Histórico criminal de Lucas Arruda Rolim

Lucas Rolim não é estranho ao sistema judicial; ele já possui antecedentes criminais por organização criminosa, tráfico de drogas e associação ao tráfico. Em 2019, foi preso duas vezes relacionadas à facção criminosa Comando Vermelho, de origem carioca. A OAB-CE definiu a suspensão cautelar imposta a Rolim como uma medida necessária para proteger a dignidade da profissão e da sociedade, uma realidade referente a advogados que cometem infrações éticas graves.

O impacto das prisões no caso Silvio Vieira

Além de Lucas Rolim, outras três pessoas foram detidas em conexão com o homicídio de Silvio Vieira. Esses indivíduos, com idades de 19, 20 e 28 anos, possuem uma variedade de antecedentes criminais, incluindo tráfico de drogas, roubo e homicídio. A operação policial que culminou nas prisões demonstra a determinação das autoridades em esclarecer e resolver o caso, ao mesmo tempo em que se busca desmantelar redes criminosas que possam estar atuando nas sombras.

Quem foi Silvio Vieira?

Silvio Vieira da Silva, advogado especializado em Direito Criminal, era um respeitado conselheiro seccional da OAB-CE para a gestão 2025-2027. Formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), havia se notabilizado por defender casos de grande repercussão, incluindo a defesa de policiais e casos de crimes notórios em seu estado. Seu assassinato levantou um clamor pela justiça e pela segurança dos profissionais do Direito.

A OAB-CE, ao suspender Lucas Rolim, não apenas reforça seu compromisso com a ética profissional, mas também envia uma mensagem clara de que a Ordem está atenta a quaisquer desvios dentro da advocacia, agindo com firmeza para manter a integridade e a reputação da profissão em um momento tão conturbado.

A sociedade aguarda ansiosamente o desfecho das investigações, enquanto a OAB-CE reafirma sua missão de combater práticas que possam macular a imagem da advocacia, essencial para o funcionamento do Estado democrático de direito.

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