Brasil, 26 de julho de 2025
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A situação crítica das crianças em Gaza sob desnutrição

O retrato de uma criança em Gaza destaca a crise humanitária e o apelo por ajuda internacional em meio ao cerco militar.

Apesar de ter apenas um ano e meio, Muhammad Zakariya Ayyoub al-Matouq al-Matouq pesa apenas seis quilos, uma grave evidência da desnutrição que aflige centenas de milhares de crianças na Faixa de Gaza. O menino, que foi fotografado no colo da mãe em um campo de refugiados, simboliza a crise alimentar que se intensifica neste enclave controlado por Israel. Seu retrato tem circulado pelo mundo, chamando a atenção para a gravidade da situação que vive a população local.

Apelo por socorro e resposta de Israel

Na última quarta-feira, 115 organizações humanitárias emitiram um apelo urgente por socorro, alertando para a situação caótica, marcada por “fome e morte” em Gaza. O texto pede o fim dos bloqueios militares que impedem a entrada de alimentos, água e medicamentos essenciais. “Enquanto o cerco imposto pelo governo israelense causa a morte de fome da população de Gaza, os trabalhadores humanitários também estão enfrentando dificuldades para conseguir alimentos”, denuncia o documento.

Mais uma vez, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu isentou Israel de qualquer responsabilidade. O porta-voz David Mencer declarou que “não existe fome causada por Israel em Gaza”, reiterando a posição do governo frente às denúncias que têm se intensificado.

Militarização e genocídio em Gaza

A atual ofensiva militar em Gaza teve início como represália aos ataques terroristas do Hamas, que resultaram na morte de 1.200 israelenses em 2023. Desde então, as tropas de Netanyahu mataram quase 60.000 palestinos, um número alarmante que equivale a 50 vidas palestinas para cada israelense morto nos atentados de 7 de outubro. Além disso, o governo israelense não cumpriu suas promessas de libertar todos os reféns capturados.

No ápice do conflito, aliados do premiê Netanyahu começam a articular um plano para “varrer” a população de Gaza e lucrar com a terra devastada. Foi durante uma reunião no Parlamento, que aconteceu na terça-feira, que representantes do governo discutiram um projeto para anexar a região, propor a expulsão dos palestinos e construir novas cidades voltadas para o turismo e consumo de luxo.

Projetos de anexo e limpeza étnica

O encontro, denominado “A Riviera em Gaza: da ideia à realidade”, contou com a participação de figuras-chave, incluindo o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich. O jornal britânico The Guardian revelou trechos do plano que descreve a ocupação como um “direito histórico” e promete impulsionar a economia de Israel. O discurso em torno da “limpeza étnica” ganha uma nova dimensão, agora apresentado como uma oportunidade de negócio, destacando a tragédia de um povo como um mero recurso para a ambição econômica.

A ministra da Ciência e Tecnologia, Gila Gamliel, fez um vídeo utilizando inteligência artificial, onde escombros de Gaza são transformados em arranha-céus espelhados, remetendo ao estilo luxuoso de Balneário Camboriú, no Brasil. A simulação, que exibiu uma torre à beira-mar com o nome de Donald Trump em letras douradas, suscitou questionamentos sobre as intenções por trás da homenagem ao ex-presidente dos EUA, deixando no ar a dúvida se ele também seria um beneficiário desse plano.

A necessidade de ação internacional

Diante desse desolador cenário, é crucial que a comunidade internacional reaja de maneira efetiva. O apelo por ajuda das organizações humanitárias precisa ser ouvido, e o cerco a Gaza, junto com as políticas de expulsão e anexação, não podem ser ignorados. Como a história tem mostrado, a desumanização dos povos em conflitos cria um ciclo vicioso de dor e sofrimento que pode afetar a estabilidade da região e do mundo.

A situação de Muhammad, junto com a de milhares de outras crianças em Gaza, não é apenas um símbolo de uma crise humanitária, mas um chamado à ação que pede solidariedade, compaixão e, acima de tudo, justiça.

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