Brasil, 25 de julho de 2025
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PL ameaça guerra contra presidentes da Câmara e do Senado

A ala radical do Partido Liberal planeja campanha contra Hugo Motta e Davi Alcolumbre em resposta às ações contra Bolsonaro.

Uma ala do Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro está prestes a deflagrar uma guerra aberta contra os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP). Este grupo, considerado o mais radical do partido, pretende fazer dos chefes do Legislativo alvos de campanhas nas ruas e nas redes sociais, em resposta às medidas restritivas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente.

A mobilização da oposição

A operação da Polícia Federal (PF) contra Bolsonaro, que ocorreu na sexta-feira (18/7), desencadeou uma mobilização intensa entre os membros do PL. Em busca de uma resposta coordenada, a oposição tentou, sem sucesso, derrubar o recesso parlamentar, uma proposta prontamente rejeitada por Motta e Alcolumbre. O clima de intranquilidade reinou entre os parlamentares, que sentiam a pressão de agir.

Na segunda-feira (21/7), o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que as tarefas seriam distribuídas em três eixos principais: a comunicação interna do PL, mobilizações dentro da Câmara e do Senado, e uma ação nacional para dar voz ao presidente Bolsonaro. A ala radical, por sua vez, está inclinada a engajar em campanhas nas redes sociais que podem se transformar em ações diretas nas ruas, visando pressionar ainda mais Motta e Alcolumbre.

Objetivos da ala radical do PL

O foco da ala radical é garantir pautas que são prioritárias para o grupo, como a anistia aos presos do 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado. Além disso, os parlamentares do PL devem direcionar pressão específica ao presidente do Senado, para que ele coloque em pauta os pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A estratégia parece clara: criar um cenário de conflito que agite as bases e provoque uma reação na sociedade.

Um reflexo da política atual

A ala mais radical do PL busca inspiração em estratégias já utilizadas pelo governo federal. Os bolsonaristas estão analisando a pressão nas redes sociais que o governo exerceu e que resultou em uma decisão favorável sobre o IOF, refletindo um caminho que eles acreditam ser eficaz. Essa abordagem, no entanto, é vista com cautela por outros membros do partido, que temem que um confronto aberto contra Motta e Alcolumbre possa isolar ainda mais o PL no Congresso Nacional.

Impactos das possíveis sanções internacionais

Ao retornar ao Brasil nessa quarta-feira (23/7) após uma viagem a Portugal, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) levantou uma discussão sobre as possíveis sanções dos Estados Unidos a Motta e Alcolumbre, semelhante às que já foram aplicadas a ministros do STF, que resultaram na suspensão de vistos. Flávio acredita que isso poderia complicar o andamento das pautas da oposição no Congresso, afetando diretamente a eficácia da mobilização que o PL está tentando construir.

Rumores indicam que a administração Trump está considerando estender sanções aos líderes do Legislativo, e Flávio indicou que uma das razões para essa consideração seria a inação de Alcolumbre em pautar a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Enquanto a ala radical do PL elabora sua estratégia de confronto, a discussão interna sobre as consequências desse embate e os impactos negativos que isso pode trazer para o partido continua em pauta. O cenário político permanece tenso, e a resposta do PL pode moldar não apenas o futuro do partido, mas também influenciar o clima político no Brasil como um todo.

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