Brasil, 31 de julho de 2025
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Pinguim é resgatado em praia de Niterói durante migração

Na Praia de Icaraí, um pinguim-de-magalhães foi resgatado por autoridades, revelando os desafios enfrentados durante a migração.

Na manhã da última quarta-feira, dia 23 de julho, um pinguim-da-especie Pinguim-de-magalhães foi resgatado na areia da Praia de Icaraí, localizada na zona sul de Niterói. O incidente, que chamou a atenção de banhistas e autoridades, aconteceu próximo à reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF). O animal, que frequenta águas brasileiras durante o período migratório, foi avistado por pessoas na praia, que prontamente acionaram as autoridades responsáveis.

O resgate do pinguim-de-magalhães

Os agentes ambientais da guarda municipal de Niterói não hesitaram e realizaram o resgate da ave, que foi encaminhada ao Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos. Esta instituição é especializada na reabilitação de aves, cujo objetivo é auxiliá-las a retornar ao seu habitat natural. No resgate, um guarda foi filmado recuperando o pinguim sob a luz do dia, mostrando a importância do trabalho de preservação ambiental realizado na região.

A migração e as condições adversas

Niterói, com suas 12 praias, se torna um destino frequente para pinguins durante o período de migração. A espécie Pinguim-de-magalhães, caracterizada por sua adaptação a águas temperadas, migra desde a Patagônia, em busca de alimentos e águas mais quentes. A bióloga Natália Almeida, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais e Sustentabilidade, explica a razão da aparição destes animais na costa.

“Esses pinguins nadam longas distâncias e, quando se sentem cansados ou desnutridos, eles acabam encalhando em áreas costeiras como Niterói”, destaca Almeida. Essa migração é um reflexo das condições climáticas extremas que enfrentam na Patagônia, onde as temperaturas são muito baixas nesta época do ano.

Desafios enfrentados pelos pinguins

De acordo com Almeida, o calor das águas brasileiras oferece um desafio adicional. “É uma espécie acostumada com o frio extremo, e o calor daqui já representa um desafio a mais. Eles seguem essa rota migratória em busca de alimentos, já que, nesta época, a Patagônia é extremamente fria”, explica a especialista. A presença do animal nas praias não é apenas um evento curioso, mas um sinal dos desafios ecológicos que essa espécie enfrenta.

Como agir em caso de avistamento

A Coordenadoria de Meio Ambiente da Prefeitura de Niterói recomenda que, ao encontrar um pinguim na praia, a população deve acionar imediatamente o Cisp pelo telefone 153. É essencial isolar a área e manter distância, evitando alimentá-lo ou tentar devolver ao mar, já que essas ações podem prejudicar a recuperação do animal, que pode estar desnutrido ou em estado de cansaço.

O guarda ambiental Felipe Sieczko enfatiza a importância de um atendimento especializado para esses animais. “Se o pinguim saiu da água é porque ele precisa de ajuda. A intervenção de profissionais é crucial para seu restabelecimento”, complementa o guarda.

Neste mês, Niterói teve outros dois pinguins resgatados. Na segunda-feira (21), agentes especializados recolheram um pinguim na praia de Camboinhas e o encaminharam ao mesmo projeto de reabilitação. Esses resgates ressaltam a importância do trabalho conjunto entre a comunidade e as autoridades ambientais para a proteção da fauna local.

A presença de pinguins em praias brasileiras, especialmente em Niterói, ilustra a interconexão entre habitat natural, mudanças climáticas e a responsabilidade coletiva de preservar a vida silvestre. A cidade continua a receber esses visitantes inusitados durante seu período de migração, e com isso, a população é alertada para agir de forma consciente, garantindo a preservação destas aves fascinantes.

Para mais informações sobre o resgate e recuperação de pinguins, acesse este link.

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