Em um marco significativo para a Igreja Greco-Melquita no Egito, pelo menos 225 jovens católicos estão se preparando para viajar a Roma para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que ocorre durante o Ano Santo dedicado à Esperança. Esses jovens representam várias comunidades eclesiais católicas do país, incluindo o notável grupo da Igreja Greco-Melquita.
Uma preparação espiritual contínua
A preparação dos jovens para esta jornada espiritual começou com a participação na JMJ anterior, realizada em Lisboa. De acordo com dom Jean-Marie Chami, vigário geral patriarcal greco-melquita para o Egito, Sudão e Sudão do Sul, “nossa preparação pode-se dizer que nunca parou; a experiência vivida deve ser ‘metabolizada’ na normalidade do cotidiano”. As JMJ são vistas como oportunidades incomparáveis para os jovens experimentarem a comunhão na Igreja universal, seguindo os passos de Jesus e dos discípulos.
O Jubileu dos Jovens acontecerá em Roma de 28 de julho a 3 de agosto, e faz parte de uma verdadeira jornada espiritual que levará os jovens a lugares significativos associados a figuras santas italianas, como São Pio em San Giovanni Rotondo e São Francisco e Santa Clara em Assis. Durante a estadia em Roma, os jovens poderão venerar as memórias dos apóstolos São Pedro e São Paulo, figuras fundamentais na história do cristianismo.
A união da juventude greco-melquita
O grupo de 58 jovens pertenecentes à Igreja Greco-Melquita no Egito também contará com a participação de alguns jovens do Líbano e dos Emirados Árabes Unidos. Dom Chami destacou que “a Igreja universal é muito maior do que a nossa pequena realidade” e que a viagem foi pensada para proporcionar uma experiência espiritual profunda, inspirada pelos locais que marcaram a história da fé cristã. A Eucaristia diária e a Adoração ao Santíssimo Sacramento serão o centro das atividades durante esses dias.
Reuniões preparatórias e encontros espirituais
No Egito, o grupo de jovens se reuniu mensalmente para celebrações eucarísticas e para sessões dedicadas à virtude teologal da Esperança. Essas reuniões fortaleceram o vínculo entre os participantes e prepararam-nos para os desafios e alegrias que a peregrinação à Roma promete. A semana culminará com uma vigília ao lado do Papa, prevista para a noite de 2 de agosto, seguida de uma concelebração eucarística presidida por ele no dia seguinte.
História da Igreja Greco-Melquita no Egito
A presença da Igreja Católica Greco-Melquita no Egito remonta ao século XVIII, quando imigrantes libaneses, sírios e palestinos se estabeleceram no país após a união realizada em 1724 entre a Igreja de Roma e esta Igreja de rito bizantino. O movimento trouxe não apenas a espiritualidade, mas também tradições rituais que ainda hoje são celebradas nas paróquias greco-melquitas, localizadas em várias cidades, como Cairo, Alexandria, Tanta e Mansoura.
Hoje, a comunidade católica greco-melquita local continua a realizar inúmeras atividades pastorais, educacionais e sociais, fortalecendo os laços e o compromisso com a fé tanto dentro quanto fora das paróquias. Esta peregrinação à JMJ é mais uma das muitas formas pelas quais os jovens demonstram sua dedicação e esperança para o futuro da Igreja.
Conclusão e expectativas
Conforme se prepara para a JMJ, a expectativa entre os jovens egípcios é alta. A jornada não representará apenas uma viagem física a Roma, mas uma imersão em uma rica experiência de comunhão, espiritualidade e aprendizado. Ao se unirem a jovens de todo o mundo, eles esperam retornar com uma renovada paixão pela sua fé e um sentido mais profundo de participação na Igreja universal, que se estende além das barreiras culturais e geográficas.
Com a história e a identidade da Igreja Greco-Melquita firmemente enraizadas no Egito, essa jornada promete não apenas celebrar a fé, mas também reforçar a unidade e a esperança, pilares fundamentais na vida de todos os católicos.
Para mais informações sobre a peregrinação do grupo e as atividades programadas, acesse a fonte.