No último evento do governo federal no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, o clima foi de união e reconciliação. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e defendeu sua candidatura ao governo do estado nas eleições de 2026. Pacheco, por sua vez, aproveitou o momento para criticar a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, reforçando seu compromisso com a democracia.
A reconciliação e o futuro de Minas Gerais
Silveira e Pacheco, que foram aliados, mas estavam rompidos, protagonizaram uma reaproximação recentemente. Segundo auxiliares de Lula, Pacheco havia até apoiado movimentos que pediam a demissão do ministro de Minas e Energia, mas agora ambos parecem alinhados em prol de Minas. O ministro não poupou elogios a Pacheco, afirmando: “Nós todos mineiros devemos muita gratidão, a coragem, a determinação, ao espírito público do senador Rodrigo Pacheco, que fez o Brasil continuar sobre os pilares da democracia do país”.
O ministro destacou ainda que a missão de Pacheco não se limita à sua atuação na defesa da democracia. “Eu tenho absoluta convicção que você aceitará um duplo desafio. Primeiro, retomar as políticas públicas de Minas Gerais, que ficaram completamente abandonadas na saúde, na educação, na segurança e no desenvolvimento social”, afirmou Silveira.
Compromisso com a democracia
Em seu discurso, Pacheco não deixou de criticar os bolsonaristas, expressando sua preocupação com o que chamou de “obscurantismo, negacionismo e radicalismo” que ainda permeia a política brasileira. Ele enfatizou: “Todos nós temos compromisso com a democracia do país, que foi sim vilipendiada e atacada nos anos de 2022 e início de 2023.” O senador defendeu que é dever dos servidores públicos enfrentarem a proposta de anistia aos envolvidos nos eventos de janeiro, que considera injustificável.
“Os mesmos que negam a democracia, hoje pretendem uma anistia geral e irrestrita, que deve enfrentar resistência de cada um de nós, homens públicos responsáveis”, sublinhou Pacheco, enfatizando a importância do papel dos líderes na defesa das instituições democráticas.
Apoio de Lula e investimentos em Minas
O senador também reconheceu a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que publicamente tem defendido sua candidatura ao governo mineiro. Pacheco afirmou: “Nunca o Brasil precisou tanto do senhor, como hoje, para garantir a soberania nacional. O Brasil é dos brasileiros e os brasileiros têm Luiz Inácio Lula da Silva como líder capaz de dar solução para esse problema que enfrentamos neste instante.”
Durante o evento, que ocorreu em Minas Novas, foi anunciado um investimento de R$ 1,17 bilhão na construção de 249 novas escolas voltadas a comunidades indígenas e quilombolas, parte das obras do PAC, cobrindo não apenas o Vale do Jequitinhonha, mas várias regiões do estado. Esta iniciativa promete impactar positivamente a educação e o desenvolvimento social em um dos mais importantes redutos eleitorais do PT.
Por fim, Lula salientou a parceria com Pacheco e reafirmou sua aposta em um segundo mandato como presidente, projetando um futuro em que ele e Pacheco trabalhem juntos em prol de Minas Gerais. O retorno da união entre Silveira e Pacheco, assim como as promessas de investimento, marcam um tempo de esperança e renovação para a política em Minas, especialmente nas preparações para a eleição de 2026.