Revisão nos tratamentos de jovens transgêneros
O Centro para Saúde e Desenvolvimento de Jovens Trans em Los Angeles, que realizava cirurgias, anunciou o encerramento nesta semana, após uma ação judicial de uma ex-paciente que alegou ter sido encaminhada precocemente à transição hormonal e cirúrgica ainda na infância. O diretor médico da clínica, Johanna Olson-Kennedy, também enfrentou críticas por supostamente bloquear a publicação de estudos sobre os efeitos desses tratamentos.
A mudança de paradigma na assistência à saúde infantil
Nos últimos anos, milhares de procedimentos de transição de gênero foram realizados em hospitais americanos, incluindo cirurgias estéticas genitais e de tórax, além do uso de bloqueadores de puberdade e hormônios. Segundo o grupo de vigilância médica “Do No Harm”, cerca de 14 mil intervenções foram facilitadas entre 2019 e 2023, com quase 5.750 cirurgias documentadas por registros de seguros públicos.
Em janeiro, o presidente Trump assinou uma ordem executiva proibindo hospitais que usam financiamentos do Medicare e Medicaid de realizarem essas intervenções em menores de 19 anos. Tal medida acelerou a decisão de muitas instituições de cessar esses procedimentos, principalmente devido ao aumento de riscos legais e à intensificação da fiscalização federal.
Reações e perspectivas
Especialistas como Mary Rice Hasson, do Centro de Ética e Políticas Públicas dos EUA, consideraram a mudança uma “boa notícia”, defendendo uma moratória permanente às intervenções de transição de gênero em menores. Por outro lado, críticos alertam que muitos hospitais podem reabrir esses programas caso o clima político mude.
O sacerdote e ethicista Tadeusz Pacholczyk declarou à CNA que esses tratamentos representam uma violação da dignidade humana, causando danos irreversíveis à saúde física e mental da criança. Ele sugeriu alternativas como o acompanhamento psicológico para jovens com dificuldades relacionadas à identidade de gênero.
Impacto na assistência médica infantil
Nos últimos anos, as clínicas americanas realizaram intervenções que mudaram a aparência física de menores, incluindo mutilações genitais e de tórax, além do uso de medicamentos que interrompem o desenvolvimento natural na puberdade. O movimento de reversão dessas práticas indica uma resposta às controvérsias e às preocupações éticas envolvendo esses procedimentos.
Segundo análises, a mudança nas políticas hospitalares pode refletir uma maior conscientização sobre os riscos associados à transição de gênero precoce em crianças, além de uma atuação mais restritiva por parte do governo e de órgãos reguladores.
Caminho em direção a uma maior cautela
Profissionais de saúde e representantes religiosos argumentam que o foco deve ser o acolhimento e o apoio emocional às crianças, evitando procedimentos irreversíveis. A discussão continua aquecida, com recomendações por uma abordagem mais cuidadosa e baseada na evidência científica.
Mais detalhes sobre essa mudança no cenário da saúde infantil transgênero podem ser acompanhados na fonte original: Fonte.