Brasil, 31 de julho de 2025
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Haddad critica tarifas dos EUA e aponta obstrução por bolsonaristas

Ministro da Fazenda ressalta impacto das tarifas e critica atuação da família Bolsonaro nos EUA.

Na última quinta-feira, 24 de agosto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a destacar as implicações da tarifação de 50% sobre as exportações brasileiras, imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante uma entrevista ao programa Chamada Geral da Rádio Itatiaia, Haddad fez uma conexão entre a medida protecionista e a atuação da família Bolsonaro nos Estados Unidos, onde tentam angariar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes e o governo federal.

Tarifa imposta e suas consequências

A decisão de Trump de instituir uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto, foi anunciada em 9 de julho e representa um golpe significativo para a economia do Brasil. O ministro enfatizou que essa medida pode afetar cerca de dez mil empresas brasileiras, um impacto considerável para o mercado nacional.

Segundo Haddad, a obstrução promovida pelos bolsonaristas impede a eficácia da comunicação entre os governos brasileiro e americano. “Saiam do caminho, não impeçam a negociação”, foi uma de suas manifestações mais contundentes durante a entrevista. Ele criticou quem utiliza a situação do tarifaço para “sabotar a economia brasileira em troca de bônus eleitoral”, afirmando que a população está atenta a essas jogadas.

A defesa do diálogo com os EUA

Embora a relação entre os países esteja marcada por tensões, Haddad reafirmou o compromisso do governo brasileiro em continuar as negociações com os norte-americanos. Ele observou que, até o momento, não havia conversado diretamente com Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, mas que sua equipe está em contato com técnicos norte-americanos.

Haddad relembrou uma reunião bilateral ocorrida em maio, quando estava na Califórnia, e onde foi discutida a tarifação anterior de 10% imposta por Trump. Na ocasião, conforme relatos do ministro, Bessent admitiu que taxar parceiros comerciais, especialmente aqueles com balança comercial deficitária, é uma anomalia.

A posição brasileira e o futuro das negociações

O ministro da Fazenda posicionou-se firmemente, afirmando que o Brasil não pretende abandonar a mesa de negociações, mesmo diante das dificuldades. “Se a nossa contraparte [os EUA] não quer se sentar à mesa, é um outro problema”, afirmou. Haddad enfatizou que a disposição do Brasil é de buscar uma negociação baseada na racionalidade e na amizade entre os povos.

Com as tensões comerciais em alta, o cenário exige que o governo brasileiro improvise estratégias para mitigar os efeitos das tarifas. O ministro destacou que a equipe já elaborou um plano de contingência para enfrentar essa nova realidade de tarifas elevadas.

Os impactos no comércio internacional

Essa mudança de postura dos Estados Unidos reflete uma tendência mais ampla de protecionismo que pode repercutir em toda a economia global. O impacto das tarifas não se limita apenas ao Brasil, mas pode afetar também o comércio internacional de maneira mais abrangente, levando a um aumento nos preços de produtos e a uma possível desaceleração nas economias envolvidas.

Haddad, assim, se posiciona como uma voz crucial nas discussões sobre comércio exterior, enfatizando a importância do diálogo e da diplomacia. Ele acredita que, apesar das dificuldades, uma solução pacífica e construtiva ainda pode ser alcançada, desde que ambas as partes estejam dispostas a uma negociação sincera e transparente.

Em resumo, a situação atual das tarifas dos EUA sobre os produtos brasileiros apresenta um desafio sem precedentes. Entretanto, a disposição do governo em dialogar e encontrar soluções pode ser a chave para uma trajetória mais estável para a economia brasileira em um cenário internacional conturbado.

Para mais informações sobre o impacto das tarifas e as negociações em curso, acesse aqui.

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