O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que grupos políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro têm trabalhado ativamente para bloquear as negociações tarifárias com os Estados Unidos. Segundo ele, nomes como o deputad<à href="https://oglobo.globo.com/tudo-sobre/politico/eduardo-bolsonaro">Eduardo Bolsonaro e influenciadores estariam repelindo o diálogo, prejudicando esforços do governo Lula para reabrir a pauta comercial com Washington.
Grupos políticos dificultam retomada do diálogo com os Estados Unidos
Haddad destacou que figuras como Eduardo Bolsonaro, do PL-SP, e Paulo Figueiredo estariam atuando para desestimular as negociações, sobretudo em meio ao aumento de tarifas imposto por Donald Trump a produtos brasileiros. O ministro afirmou que essa postura política prejudica a tentativa do Brasil de avançar na relação comercial com os EUA, o que, na opinião dele, é fundamental para o país.
Chamado ao alinhamento político e diplomático
Durante entrevista à Rádio Itatiaia, Haddad pediu que políticos, especialmente governadores ligados à direita, usem sua influência para facilitar o entendimento e evitar o boicote às negociações. “Vocês brasileiros que pensam que estão fazendo bem pelo Brasil, estão fazendo bem para uma família. Deixem o governo negociar”, declarou. “Saiam do caminho, desimpedem o caminho para que a mesa de negociação possa ser restabelecida, como estava há 60 dias.”
Vínculos políticos e impacto nas negociações
O ministro criticou a mobilização de governadores com ligações mais à direita, muitos apoiadores de Trump, alegando que isso tem dificultado o ambiente de diálogo diplomático. “Esses governadores deveriam se mobilizar junto ao Bolsonaro para que figuras como Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro parem de militar contra as negociações”, afirmou, ressaltando que a postura deles prejudica o esforço do governo Lula em restabelecer o diálogo com Washington.
Necessidade de diálogo diplomático e desligamento político
Para Haddad, a solução para o impasse passa essencialmente pela via diplomática, sem interferência político-partidária doméstica. “A atuação de figuras bolsonaristas tem prejudicado diretamente as tentativas do governo Lula de reabrir o diálogo com os Estados Unidos”, declarou. Segundo ele, se esses atores conseguirem sensibilizar os personagens políticos a se posicionarem favoravelmente às negociações, o processo poderá avançar rapidamente.
Medidas estaduais e o papel do Brasil na questão tarifária
Haddad também comentou os planos de contingência de alguns estados, como São Paulo, para mitigar os efeitos das tarifas incididas sobre exportadores brasileiros. Apesar de considerar essas ações positivas, o ministro alertou que elas são limitadas frente à magnitude do problema. “As medidas ajudam, mas o impacto é pequeno diante do comércio bilionário com os EUA”, afirmou, ressaltando que a solução definitiva depende do recomeço das negociações diplomáticas.
Perspectivas e próximos passos
O ministro reforçou que a única saída viável é o diálogo direto entre os governos, sem interferências políticas internas. “Se desimpedirem o caminho da negociação, tudo isso acaba muito rapidamente”, concluiu, reforçando a importância de estimular uma atmosfera de diálogo para resolver a questão das tarifas e ampliar a relação bilateral.
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