O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (24/7) que o plano de contingenciamento às tarifas comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos está pronto e será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de segunda-feira (28/7).
Medidas de defesa e negociação
Segundo Haddad, o presidente Lula encomendou um “cardápio” de ações das equipes técnicas da Fazenda, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), que será apresentado a ele para análise.
“Tem medidas para todos os gostos, para que ele, com a prudência que tem, a experiência em negociar, possa tomar a melhor decisão”, afirmou Haddad em entrevista à Rádio Itatiaia nesta quinta-feira. O ministro destacou que a decisão política ainda não foi tomada, e que Lula ouvirá seus colaboradores e discutirá o tema antes de qualquer posição oficial.
Contexto internacional e o apoio ao Brasil
Haddad afirmou que a situação envolvendo os EUA é um “ponto fora da curva” e que o presidente Lula é respeitado e atendido por todos os chefes de Estado. Segundo ele, o mundo está do lado do Brasil nesse embate econômico, o que reforça a condição de protagonismo do país no cenário internacional.
Reações de empresas brasileiras e americanas
O ministro também comentou que empresas brasileiras e americanas estão entrando com ações judiciais nos Estados Unidos contra as tarifas, alegando que seus contratos estão sendo desrespeitados. “Isso desorganiza as cadeias produtivas, tanto do Brasil quanto dos EUA”, afirmou Haddad, reforçando que a decisão de Trump pode gerar prejuízos às economias de ambos os lados.
Perspectivas e possíveis ações futuras
O governo brasileiro espera uma resposta diplomática efetiva e estratégias de contenção que minimizem os impactos econômicos das tarifas impostas pelo governo americano. A entrega do plano ao presidente Lula marca o início de uma fase de análises e negociações que poderão definir a resposta oficial do Brasil ao embate comercial com os EUA.
Segundo fontes oficiais, o conteúdo do plano de contingência inclui medidas tarifárias, agrícolas e comerciais, além de possíveis ações diplomáticas voltadas a sensibilizar o governo dos Estados Unidos sobre os prejuízos causados às cadeias produtivas internacionais.