No final da tarde de quarta-feira (23), um guindaste desabou sobre a arena da associação da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), localizada no bairro Estuário, em Santos, litoral paulista. O acidente, que alarmou os moradores da região, foi registrado em imagens obtidas pelo portal g1.
Detalhes do acidente e impacto na comunidade
Segundo informações da Sabesp, a empresa responsável pelo guindaste realizava trabalhos em um terreno vizinho à arena no momento do incidente. Apesar da intensidade da queda e do estrondo que ecoou pela vizinhança, felizmente, ninguém saiu ferido. As imagens mostram o guindaste ainda posicionado sobre a construção na manhã seguinte, gerando apreensão entre os moradores.
Um residente do bairro, que preferiu não ser identificado, relatou ter ouvido um estrondo alto no momento do acidente e expressou suas preocupações acerca da segurança do local. Ele mencionou que a empresa que operava o guindaste não possui alvará de funcionamento para a fabricação de pré-moldados de concreto e já enfrentou problemas legais com a prefeitura, que chegou a emitir uma intimação para encerrar as atividades, mas até o momento, nada mudou.
A responsabilidade da empresa e a resposta da Sabesp
Após o acidente, a Sabesp afirmou que a empresa envolvida comprometeu-se a providenciar a remoção do guindaste e reparar os danos causados na área da companhia. “E se cai em cima de uma casa? Eles estão fazendo tudo por conta”, desabafou o morador, evidenciando a tensão sentida pela população local.
O morador ainda contou que o guindaste permaneceu sobre a construção até a quinta-feira (24), quando um veículo maior da empresa chegou ao local para auxiliar na remoção. O impacto do acidente e a falta de licença para operar continuam a ser motivo de preocupação entre os moradores, que temem pela segurança de suas residências.
Silêncio da Prefeitura e repercussão nas redes sociais
A Prefeitura de Santos, procurada pelo g1, não se manifestou sobre o incidente até o fechamento desta reportagem. O silêncio das autoridades locais em relação à segurança das empresas que atuam na área gera ainda mais frustração entre os residentes, que buscam respostas e garantias de que acidentes como esse não ocorrerão novamente.
Nas redes sociais, imagens do acidente rapidamente se tornaram virais, levando à discussão sobre a segurança em obras na região e a responsabilidade das empresas envolvidas. Os moradores estão cada vez mais preocupados com a falta de fiscalização e a prevenção de acidentes que possam colocar vidas em risco.
A importância da fiscalização e a segurança da comunidade
A situação levanta questões cruciais sobre a importância da fiscalização e do cumprimento das normas de segurança em obras. A ausência de um alvará de funcionamento, como apontado pelos moradores, não apenas expõe a população a riscos desnecessários, mas também indica a fragilidade do sistema de fiscalização das atividades empresariais na cidade.
É fundamental que as autoridades locais realizem uma revisão das práticas de registro e fiscalização de empresas quando se trata de obras e construção. Garantir que todos atuem dentro da legalidade é um passo essencial para a proteção da comunidade e a prevenção de acidentes que podem ser evitados.
Os moradores do Estuário e a população de Santos esperam que este incidente sirva de alerta e que medidas efetivas sejam tomadas para reforçar a segurança e a responsabilidade das empresas que operam na área. O compromisso com a segurança deve ser uma prioridade, garantindo que estratégias adequadas de prevenção sejam implementadas e monitoradas regularmente.
Por enquanto, a população observa de perto os desdobramentos do acidente e espera que a situação seja resolvida de maneira eficiente, evitando futuros riscos e garantindo a integridade de todos os cidadãos.