Brasil, 25 de julho de 2025
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Governo orienta empresas brasileiras a buscar respaldo na Justiça americana contra tarifas de Trump

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que governo prepara plano de apoio às empresas afetadas pelas tarifas de 50% impostas pelos EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou nesta quinta-feira que o governo brasileiro está orientando empresas a buscarem respaldo na legislação americana diante das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. Haddad também divulgou que um plano de contingência para minimizar os impactos já foi finalizado e será apresentado ao presidente Lula na próxima semana.

Empresa brasileiras buscam justiça nos Estados Unidos

Segundo Haddad, várias empresas brasileiras já estão acionando a Justiça nos EUA, incluindo companhias americanas, para contestar as tarifas anunciadas pelo governo de Donald Trump. “Tem muitas empresas entrando com ação judicial nos EUA, inclusive empresas americanas”, afirmou. Haddad destacou que essa movimentação jurídica reflete a complexidade do impasse, que pode causar desorganização nas cadeias produtivas de ambos os países.

Impactos econômicos e ações de apoio

O ministro ressaltou que mais de 10 mil empresas brasileiras podem ser afetadas pelas tarifas, que elevam custos de produtos como café, suco de laranja e carne. Além das ações judiciais, o governo já finalizou um plano de apoio aos setores mais impactados, incluindo linhas de crédito emergenciais. “O objetivo é dar respaldo financeiro às empresas afetadas e evitar uma crise mais profunda”, explicou Haddad.

Diálogo diplomático e obstáculos internos

Haddad também reforçou a prioridade de retomar o diálogo diplomático com os Estados Unidos. Segundo ele, esse processo encontra dificuldades devido à interferência de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo o ministro, atuam para impedir o início de conversas oficiais. “Apelo para que essas pessoas, que têm amizade e respeito pela família Bolsonaro, possam ajudar a sensibilizar”, pediu.

Medidas e próximos passos

O governo brasileiro aguarda respostas a cartas enviadas desde maio, nas quais propor negociações para temas sensíveis à relação com os EUA. Haddad enfatizou que o momento exige que as partes sentem à mesa para avançar. “Precisamos restabelecer o diálogo, que hoje está bloqueado por interesses internos”, afirmou.

A medida visa não apenas proteger as empresas brasileiras, mas também evitar que o impacto das tarifas prejudique consumidores americanos, que pagarão mais por produtos como café e carne. “Precisamos de uma saída diplomática, e o governo está empenhado nisso”, concluiu Haddad.

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