Brasil, 5 de agosto de 2025
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Fome em massa na Faixa de Gaza mobiliza 111 ONGs e gera protestos

Organizações humanitárias alertam sobre crise alimentar na Gaza, enquanto manifestações em Telaviv exigem o fim da guerra.

A crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu níveis alarmantes, conforme 111 organizações não governamentais (ONGs), incluindo Médicos Sem Fronteiras, Caritas e Anistia Internacional, denunciam uma “fome em massa”. O alerta vem em um momento em que pelo menos 33 pessoas, incluindo crianças, perderam a vida apenas nas últimas horas devido à escassez de alimentos. Os apelos por ajuda humanitária se intensificam enquanto muitas pessoas, em Telaviv, saem às ruas para protestar contra o uso da fome como arma de guerra pelo governo israelense.

O horror da fome na Gaza

A situação na Faixa de Gaza se agravou drasticamente. O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu o impacto da desnutrição como “horror sem precedentes”. De acordo com informações de Zaher al-Waheidi, diretor da unidade de informação das autoridades de saúde locais, as mortes resultantes da falta de alimentos têm sido constantes, e o sofrimento afeta particularmente as crianças. Em um relato chocante, foi mencionado que, em menos de dois meses, aproximadamente mil pessoas morreram buscando comida e água.

ONU denuncia mortes em busca de alimento

Relatos do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos indicam que pelo menos 1.000 pessoas foram mortas em busca de comida e água. “Atiradores de elite disparam aleatoriamente contra a multidão como se tivessem licença para matar”, destacou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA). Esse clima de terror impede os civis de buscar ajuda humanitária de forma segura.

Apelo das ONGs: cessar-fogo e ajuda humanitária

O comunicado assinado por 111 ONGs afirma que “o sistema humanitário liderado pela ONU não falhou; está sendo impedido de funcionar”. As organizações clamam por um cessar-fogo imediato e a abertura de passagens terrestres, enfatizando que “matar civis de fome é um crime de guerra”. O cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, reforçou que “a fome é algo inconcebível” e que espero um fluxo irrestrito de ajuda.

Mobilização em Telaviv contra o governo

As mobilizações em Telaviv ganham força, com milhares de manifestantes demonstrando contra a situação na Faixa de Gaza e exigindo o fim da guerra. Carregando sacos de farinha e fotos de crianças de Gaza mortas por desnutrição, os protestos refletem o aumento da insatisfação da população israelense com as políticas do governo. Um dos manifestantes expressou seu descontentamento ao afirmar: “Eles nos dizem que não há fome, é mentira”.

Impacto na mídia e na sociedade

Não apenas os civis, mas também jornalistas que cobrem a situação na Gaza enfrentam sérios desafios. De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), muitos profissionais da mídia estão esgotados e não conseguem trabalhar devido à fome. A situação atual representa uma estratégia deliberada para silenciar a verdade e impedir que a operação humanitária ocorra na região.

Recente escalada da violência

A escassez de alimentos é exacerbada pela violência contínua. Relatos da agência de notícias AFP reportam que, em apenas um dia, 21 pessoas foram mortas em ataques das Forças de Defesa de Israel (IDF) em áreas palestinas, com metade das vítimas sendo mulheres e crianças. Em meio a essa brutalidade, as negociações de trégua em Doha ainda se encontram em andamento, sem ainda um acordo claro para a paz.

Moção de anexação da Cisjordânia

Paralelamente, a situação política em Israel não é menos tensa. O Knesset, parlamento israelense, iniciou discussões sobre uma proposta de anexação da Cisjordânia ao território de Israel, uma proposta que já gerou polêmica e divisões internas. Enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, critica o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por sua administração, o apelo por uma solução pacífica é mais urgente do que nunca.

A fome e a desnutrição na Faixa de Gaza, alimentadas pela crise humanitária e pela violência, exigem uma resposta imediata da comunidade internacional e um cessar-fogo duradouro que promova a paz e a dignidade para todos os cidadãos afetados pelo conflito.

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