Brasil, 25 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Esquemas de pirâmide financeira: prejuízos bilionários ao longo da história

Fraudes de larga escala, envolvendo bilhões de dólares, atingiram indivíduos e empresas em diversos países ao longo de mais de um século

Esquemas de pirâmide financeira continuam sendo uma ameaça global, causando prejuízos que ultrapassam dezenas de bilhões de dólares desde o século XX. Os casos mais célebres, como o de Bernie Madoff nos Estados Unidos, ilustram a dimensão e a complexidade dessas fraudes.

Casos históricos de pirâmides financeiras

O maior escândalo registrado foi o de Bernie Madoff, nos EUA, que operou por décadas, de 1980 até a crise de 2008, acumulando um prejuízo estimado em US$ 65 bilhões. A fraude envolvia investidores internacionais, bancos e celebridades do mercado financeiro.

Outro episódio notório ocorreu nos Estados Unidos, entre 1919 e 1920, com Charles Ponzi. O esquema prometia altos lucros com arbitragem de cupons postais e movimentou cerca de US$ 20 milhões na época, equivalente a centenas de milhões de dólares hoje. O termo “pirâmide de Ponzi” passou a denominar esse tipo de crime.

Fraudes de grande impacto no Brasil

No Brasil, alguns escândalos marcaram a história financeira. Entre 2012 e 2014, a TelexFREE prometia ganhos com telefonia via internet e bonificações por captação de novos membros, movimentando aproximadamente US$ 3 bilhões antes de ser desfeita.

Outro caso emblemático foram as Fazendas Reunidas Boi Gordo, que entre 1980 e 2001 atraíram milhares de investidores com promessas de retorno sobre “contratos de engorda” de gado, estimados entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, chegando a veicular propaganda na TV aberta.

De 2001 a 2005, a Avestruz Master prometia lucros por meio da comercialização de aves, mas divulgava números incompatíveis com a quantidade real de animais. Cerca de 40 mil pessoas foram prejudicadas, e o prejuízo total estimado variou entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. Os sócios, que deixaram o país, sumiram do radar.

Mais recentemente, entre 2017 e 2019, o esquema da Unick Forex alegava atuar no mercado de câmbio e criptomoedas, movimentando em torno de R$ 12 bilhões. A investigação da Polícia Federal resultou na prisão de envolvidos.

Fraudes no segmento de criptoativos

Atlas Quantum e outras plataformas de criptomoedas também sofreram colapsos súbitos. A Atlas, por exemplo, prometia arbitragem automatizada de Bitcoin, mas deixou investidores impossibilitados de resgatar valores, com prejuízos que chegaram a centenas de milhões de reais.

Esquemas internacionais e seus impactos

Fora do Brasil, o caso mais expressivo foi o da Fortune Hi-Tech Marketing, atuante nos EUA entre 2001 e 2013. O esquema contestado envolvia venda de produtos e entrada de novos participantes, afetando cerca de 100 mil pessoas e movimentando aproximadamente US$ 250 milhões. A investigação da Comissão Federal de Comércio levou ao seu desmantelamento.

Conscientização e os riscos das pirâmides

Esses episódios revelam que as pirâmides financeiras se adaptaram ao longo do tempo, explorando diferentes setores e formas de engano. Especialistas alertam para a importância de desconfiança em promessas de altos lucros sem fundamentação sólida, além da necessidade de fiscalização mais rigorosa por parte das autoridades.

Segundo o artigo da ISTOÉ Economia, os prejuízos acumulados com esses esquemas podem atingir cifras bilionárias, evidenciando o avesso do sonho de riqueza rápida e fácil.

Perspectivas futuras e combate às fraudes

Autoridades financeiras intensificam suas ações de combate às fraudes, com campanhas de esclarecimento e fiscalização mais eficiente. Ainda assim, a história mostra que os esquemas de pirâmide, ainda que desmantelados, continuam surgindo em diferentes formatos, exigindo vigilância constante dos investidores e órgãos reguladores.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes