Brasil, 28 de dezembro de 2025
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Eduardo Bolsonaro critica Tarcísio de Freitas nas redes sociais

Deputado federal expõe divergências com governador por escolha de vice-líder na Assembleia Legislativa.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, membro do PL de São Paulo, voltou a manifestar suas divergências com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, nesta quinta-feira. A discussão, que ganhou destaque nas redes sociais, reascende os atritos entre duas figuras proeminentes da direita brasileira, já que ambos buscam representar essa ala política nas eleições presidenciais de 2026.

Críticas de Eduardo Bolsonaro

Em uma publicação provocativa, Eduardo questionou Tarcísio sobre a escolha do deputado estadual Guto Zacarias, do União-SP, como um de seus vice-líderes na Assembleia Legislativa. Zacarias já havia criticado Eduardo e sua família anteriormente, o que gerou enfase nas declarações do deputado federal.

“Por que o @tarcisiogdf mantém como vice-líder uma pessoa do MBL, um grupo que defende a minha prisão, a prisão de meu pai, a prisão de jornalistas exilados, gente que ficou anos sem ver os filhos, como o @allanconta5 (Allan dos Santos)?” indagou Eduardo em sua postagem, demonstrando a sua insatisfação com a aproximação do governador a figuras que considera adversárias.

Conflito de ideologias e críticas ao governo

A repercussão dessas declarações foi intensa, especialmente em resposta a um vídeo em que Guto Zacarias critica não só Eduardo, mas também figuras políticas como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. No vídeo, o deputado estadual argumentou que a implementação da Operação Lava Jato, a qual Eduardo e a família Bolsonaro têm forte ligação, foi uma das razões para que atualmente não haja políticos presos por corrupção no Brasil.

Esse atrito, que não é uma novidade, ocorre em um contexto de crescente rivalidade entre Eduardo e Tarcísio. O governador, que foi ministro da Infraestrutura durante o governo de Jair Bolsonaro, tem ganhado notoriedade no cenário político e, assim como Eduardo, se posiciona como uma das vozes da direita nacional. A desavença entre eles toma novos contornos quando consideramos as aspirações eleitorais de ambos para 2026.

Aspectos da relação entre Bolsonaro e Tarcísio

Na semana passada, antes de suas recentes críticas, Eduardo já havia se manifestado contra Tarcísio por conta da tentativa do governador de interceder junto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para evitar uma sobretaxa sobre o comércio brasileiro, que deve entrar em vigor em agosto. Segundo o deputado, uma negociação não seria suficiente e apenas uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos ataques do 8 de janeiro poderia resolver a situação.

É importante notar que essa proposta de anistia é estratégica e poderia, inclusive, beneficiar Jair Bolsonaro, que desde 2023 está inelegível e enfrentando processos judiciais por supostas ameaças ao sistema eleitoral e por sua possível participação em uma tentativa de golpe.

Conflitos e desentendimentos anteriores

Apesar de essas tensões, houve um breve momento de aparente reconciliação entre os dois. Eduardo chegou a classificar Tarcísio como “servil”, mas posteriormente recuou, mencionando que teve uma “longa conversa” com o governador. Ele enfatizou que ambos poderiam estar “atuando com as melhores intenções para os brasileiros”. No entanto, a recente troca de farpas indica que as questões entre eles ainda estão longe de ser resolvidas.

O que se observa é que, além das discordâncias pessoais, a disputa entre Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas também reflete as divergências políticas que permeiam a direita brasileira. A proximidade de eventos eleitorais aumenta a tensão, colocando ambos os líderes em uma posição delicada, onde o apoio mútuo poderia ser benéfico, mas desavenças pessoais parecem prevalecer.

No horizonte político, essa rivalidade pode continuar a influenciar as dinâmicas e alianças dentro da direita no Brasil. Será necessário observar como esses desentendimentos afetarão as estratégias eleitorais de ambos conforme se aproximam as eleições de 2026, um pleito que promete ser intenso e recheado de conturbações políticas.

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