Recentemente, a diretora da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), Raquel França Carneiro, abordou de forma contundente a questão dos atrasos nas obras realizadas pelas concessionárias de rodovias em São Paulo. Em uma declaração clara, ela enfatizou que a responsabilidade pelos atrasos recai sobre as empresas, independente das justificativas que apresentem. Esta abordagem é um reflexo das crescentes preocupações em relação à infraestrutura rodoviária no estado, especialmente à luz de um levantamento que aponta mais de 560 obras atrasadas em rodovias concedidas.
A responsabilidade das concessionárias
De acordo com Carneiro, a forma como as concessões são estruturadas coloca o ônus dos atrasos diretamente nas concessionárias. “Todas essas concessionárias que atrasam as obras, a Artesp não se preocupa muito com o motivo. Porque quando a gente faz uma concessão, tudo que o estado deveria fazer, a concessionária tem que fazer. Então, é risco dela”, afirmou.
Essa visão de responsabilidade é fundamental para entender a relação entre o governo e as concessionárias. Quando o estado transfere a responsabilidade pela construção e manutenção das rodovias às empresas privadas, é esperado que essas últimas cumpram os prazos estipulados. “Qualquer atraso em entrega de obra, ela é penalizada. Independente das desculpas ou acidentes que aconteceram no caminho, intervenções não estavam previstas, desapropriações, a concessionária é punida”, completou a diretora. Essa postura visa garantir que as obras sejam realizadas em tempo hábil, minimizando os impactos para os motoristas e usuários das rodovias.
Impactos dos atrasos nas obras
Os atrasos nas obras podem ter consequências significativas para os usuários das rodovias, que enfrentam desde congestionamentos até condições de tráfego perigosas. Além disso, a lentidão nas melhorias pode afetar a economia local, prejudicando o transporte de mercadorias e serviços. Estudos têm mostrado que rodovias bem mantidas são essenciais para o fluxo econômico de um estado como São Paulo, onde a malha viária é vital para a mobilidade e o comércio.
Em um cenário onde mais de 560 obras estão atrasadas, as preocupações aumentam. A Artesp se vê pressionada a monitorar de perto o progresso das concessionárias e a implementar as devidas penalizações quando necessário. Essa medida não apenas busca garantir que as obras sejam concluídas, mas também a manutenção de altos padrões de qualidade nas rodovias.
A importância do controle e fiscalização
Outro ponto levantado por Carneiro é a necessidade de um controle e fiscalização eficaz por parte da Artesp. Com a crescente quantidade de obras atrasadas, a agência se vê diante do desafio de garantir que as empresas contratadas cumpram com suas obrigações. “Estamos sempre em busca de melhorias nos processos de fiscalização para que possamos entregar o que foi prometido à população”, disse a diretora.
O levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que revelou o número elevado de projetos com prazos não cumpridos, reforça a necessidade de ações imediatas. A Artesp já iniciou um processo de revisão das concessões e um acompanhamento mais rigoroso das obras em andamento.
Expectativas para o futuro das rodovias em São Paulo
As expectativas são altas, e sempre existe a esperança de que, com a continuidade das penalizações e uma supervisão mais intensa, as concessionárias melhorem seus desempenhos e cumpram prazos. Os usuários das rodovias esperam que a infraestrutura rodoviária se torne mais eficiente e segura nos próximos meses e anos. Assim, a expectativa é que as ações tomadas pela Artesp não apenas resolvam os problemas atuais, mas também evitem que atrasos semelhantes ocorram no futuro.
Concluindo, a posição firme da Artesp em relação aos atrasos nas obras é um passo importante para a melhoria da infraestrutura de transporte em São Paulo. À medida que a pressão por resultados aumenta, a esperança é que as concessionárias ajam rapidamente para corrigir sua abordagem e atender às expectativas do estado e dos cidadãos.