Brasil, 25 de julho de 2025
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Apoio de Trump é visto como obstáculo para candidato em 2026

Pesquisa revela que 53% dos brasileiros acreditam que apoio de Trump prejudica candidato aliado na corrida presidencial de 2026.

A relação entre o Brasil e os Estados Unidos sempre foi um tema de intensa discussão e análise, especialmente quando se trata das eleições presidenciais. Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipespe revelou que a maioria dos brasileiros — 53% — acredita que o apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode comprometer o desempenho de candidatos que buscam se aliar a ele nas eleições de 2026. Este cenário reflete a complexidade da política brasileira e as percepções públicas em relação à influência externa nas escolhas eleitorais no país.

A opinião pública sobre Trump e suas consequências

De acordo com a pesquisa “Pulso Brasil”, 32% dos entrevistados vêem a relação com Trump de forma positiva, acreditando que essa aliança pode ajudar um candidato aliado nas próximas eleições. Enquanto isso, 14% dos brasileiros não têm uma opinião definida ou não responderam à pergunta, demonstrando uma divisão clara nas percepções sobre a influência americana nas questões eleitorais internas.

Este levantamento foi realizado em um contexto onde Trump, em recente anuncio, estabeleceu tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, um ato que naturalmente provoca discussões sobre a relação comercial e diplomática entre os dois países. Em resposta a essa medida, 50% dos brasileiros aprovaram a postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 46% desaprovam, mostrando um país dividido quanto às ações de seus líderes em matéria de política externa.

Quem são as figuras políticas mais aprovadas?

Além de avaliar a percepção sobre Trump, a pesquisa questionou a aprovação das ações de diferentes autoridades brasileiras. Os resultados mostram que o presidente Lula é a figura política mais aprovada, com 50% de apoio em seus comportamentos e declarações. Em seguida vem o vice-presidente Geraldo Alckmin com 42%, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 38%. Em contrapartida, o ex-presidente Jair Bolsonaro mantém uma taxa de aprovação de apenas 32%, emparelhado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que também alcançou 32% de aprovação.

Contexto da taxação e seu impacto

A recente taxação imposta por Trump foi justificada por ele como uma retaliação contra o que ele chama de “caça às bruxas” direcionada a Bolsonaro, que atualmente enfrenta sérios problemas legais no Brasil. Além das tarifas, Trump também revogou vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, uma ação que gerou controvérsia, já que 57% da população brasileira discorda dessa decisão, mostrando mais uma vez a polarização do apoio e desaprovação em relação à política americana.

Esta ação de Trump, aliada ao seu discurso em redes sociais, que critica a postura do Brasil em relação às eleições livres e aos direitos fundamentais, destaca a tensão nas relações Brasil-Estados Unidos e como isso pode impactar candidatos nas eleições futuras. Para muitos analistas, o apoio ou a oposição de Trump pode não ser apenas uma questão de política internacional, mas também uma oportunidade ou um obstáculo significativo para candidatos a cargos eletivos no Brasil.

Taxação de Big Techs e a opinião pública

A pesquisa também abordou a questão da taxação de grandes empresas de tecnologia, onde 55% dos brasileiros aprovam a ideia. Esta é uma questão que está em destaque em todo o mundo, especialmente em um momento em que as grandes empresas são frequentemente vistas como responsáveis por práticas que prejudicam a economia local e a competição justa.

Conclusão

Os dados da pesquisa Ipespe, que ouviu 2.500 pessoas entre 19 e 22 de julho, indicam uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95,45%. Esses números não apenas refletem a percepção dos brasileiros sobre a política interna, mas também sobre a crescente influência de líderes estrangeiros, como Donald Trump, na política nacional. A forma como os candidatos 2026 irão navegar nesse cenário será crucial para suas campanhas e para o futuro político do Brasil.

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