Brasil, 25 de julho de 2025
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Anuário da violência: RJ fora das 20 cidades mais violentas em 2024

O Anuário da Violência de 2024 aponta que, apesar da queda nos homicídios, o aumento de roubos eleva a sensação de insegurança no Rio de Janeiro.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou nesta quinta-feira, 24 de julho de 2024, o Anuário da Violência, revelando dados alarmantes sobre a segurança pública no Brasil. O estado do Rio de Janeiro surpreendeu ao não ter nenhuma de suas cidades entre as 20 mais violentas do país, encerrando 2023 com Itaguaí na 16ª posição. Contudo, a preocupação com a segurança ronda a população carioca devido ao aumento expressivo de roubos.

Contexto das estatísticas de violência

Embora o Rio de Janeiro tenha se afastado do triste ranking das cidades mais violentas, ele figurou na 15ª posição entre os estados brasileiros, com base na taxa de mortes por cem mil habitantes. Isso revela uma complexidade nos índices de segurança, onde a redução das mortes violentas não reflete o sentimento de segurança da população.

Aumento alarmante de roubos

Um dos dados mais preocupantes do anuário foi o crescimento no número de roubos. O estado do Rio foi o único a registrar um aumento significativo, somando 106.919 casos em 2024, um crescimento de 16,9% em comparação ao ano anterior. O aumento nos roubos a veículos é particularmente alarmante, com um aumento de 34%, passando de 22 mil casos em 2023 para quase 31 mil em 2024.

Roubo de celulares cresce 38%

Outro dado preocupante é o roubo de celulares, que também subiu vertiginosamente em 38%. O número passou de mais de 15 mil em 2023 para mais de 21 mil em 2024. Esse aumento notável contrasta com a tendência de queda de roubos em outras regiões do país, intensificando a percepção de insegurança entre os cidadãos fluminenses.

Redução nos homicídios e mortes por policiais

Por outro lado, é válido destacar que houve uma redução de quase 11% nas mortes violentas intencionais no estado em 2024, o que demonstra um esforço no combate à criminalidade. As mortes causadas por intervenções policiais também mostraram uma diminuição, passando de 871 em 2023 para 703 em 2024, uma queda de 19,3%. Especialistas sugerem que a diminuição nos homicídios pode estar relacionada à ADPF 635, ação do Supremo Tribunal Federal que impõe restrições às operações policiais em favelas.

Aumento da violência contra mulher

Por outro lado, o estado do Rio de Janeiro enfrenta um desafio crescente na luta contra a violência de gênero. Dados do anuário apontam que, de 12 tipos de crimes analisados, 10 deles apresentam crescimento, incluindo feminicídios e estupros. Essa realidade é uma preocupação que não pode ser ignorada, refletindo uma necessidade urgente de políticas públicas e ações de conscientização.

Dados recentes do ISP

Hoje, o Instituto de Segurança Pública (ISP) também apresentou os dados referentes ao mês de junho de 2025, que continuam a evidenciar as tendências do anuário. Os roubos de celulares apresentaram um aumento de 27% em comparação ao ano anterior, com quase 2,3 mil dispositivos roubados. Além disso, os roubos de rua somaram quase 5 mil casos, e os roubos de carga cresceram 19% ao registrar 270 ocorrências no mesmo período.

Reflexão sobre as medidas governamentais

O governo do estado atribui a queda nos índices de letalidade ao investimento em tecnologia e valorização policial. A Secretaria de Estado de Segurança Pública elencou uma série de ações e investimentos realizados, como a operação Torniquete, que resultou na prisão de mais de 560 criminosos e na recuperação de R$ 39 milhões em cargas e veículos. Além disso, foram investidos mais de R$ 4,5 bilhões em segurança pública desde o início da gestão, com a incorporação de 2 mil policiais militares e a previsão de expandir ainda mais o efetivo policial.

A importância da segurança pública

A segurança pública continua a ser um tema crucial para a sociedade brasileira, especialmente no estado do Rio de Janeiro, onde a dualidade entre a queda de homicídios e o aumento de roubos gera um panorama conflitante. A necessidade de estratégias que integrem a tecnologia à ação policial e que, ao mesmo tempo, enfoquem a violência de gênero, se torna mais urgente a cada dia. Assim, as autoridades devem continuar avançando em políticas públicas que garantam não apenas a queda da criminalidade, mas também a segurança e bem-estar da população.

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