Em 19 de julho de 2025, completou-se um mês desde a morte de Francisco Cuoco, um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira. O ator, que faleceu aos 91 anos, deixa um legado rico em personagens que marcaram gerações. Sua trajetória artística é lembrada com carinho por fãs e colegas, que destacam não apenas seu talento atuando, mas também sua presença carismática na televisão brasileira. No entanto, a sua ausência é sentida profundamente, evoluindo de uma luta silenciosa contra os problemas de saúde que marcaram seus últimos anos de vida.
A luta contra a saúde debilitada
Cuoco ficou internado por cerca de três semanas no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde suas complicações de saúde se agravaram. Ele passou o tempo sedado, já que a idade avançada trouxe consigo a falência múltipla dos órgãos, culminando em sua morte. Em entrevistas anteriores, o ator tinha revelado que enfrentava sérias dificuldades de saúde, incluindo problemas de locomoção e um significativo aumento de peso.
As revelações de um ícone
Em uma conversa com a “Folha de S.Paulo” em maio de 2025, Francisco compartilhou que pesava 130 kg e que suas pernas estavam inchadas, com seus pés apresentando manchas roxas. Durante esse período, ele estava em casa, na zona sul de São Paulo, vivendo com sua irmã Grácia, de 86 anos, e recebendo auxílio de cuidadores para realizar atividades do cotidiano.
Um passado repleto de histórias
Nascido em 29 de novembro de 1933, Francisco Cuoco cresceu no bairro do Brás, em São Paulo, filho de um feirante. Desde cedo, ajudou seu pai nas vendas da feira, enquanto estudava à noite. Embora tivesse o desejo de ser advogado, seu contato com a Escola de Arte Dramática de Alfredo Mesquita mudou seu destino: decidiu se tornar ator.
A carreira de Cuoco começou na TV Tupi, em 1957, passando posteriormente por diversas emissoras, como TV Rio, TV Excelsior e Record, até chegar à Rede Globo, em 1970. Ele ficou famoso por interpretar papéis memoráveis, como o vidente Herculano Quintanilha na novela “O Astro”, de 1977. O sucesso o acompanhou em diversas tramas ao longo de sua carreira, sendo um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira.
Personagens que marcaram a televisão
Em 1987, na novela “O Outro”, Francisco Cuoco desempenhou dois personagens com trajetórias muito diferentes, porém com uma incrível semelhança física. Sua capacidade de imersão nos papéis que interpretou fez com que deixasse uma marca indelével na memória do público. Suas últimas aparições na televisão foram no humorístico “No Corre”, do Multishow, e nas novelas “Segundo Sol” (2018) e “Salve-se Quem Puder” (2020).
Vida pessoal e relacionamentos
Em sua vida pessoal, Cuoco teve importantes relacionamentos. Casou-se com Gina Rodrigues, com quem teve três filhos: Tatiana, Rodrigo e Diogo. O casal se divorciou em 1984. Mais tarde, entre 2013 e 2017, viveu com a estilista Thaís Almeida, que era 54 anos mais jovem, e, após, Gina voltou a morar com ele, mas apenas como amiga.
Um legado que perdura
Francisco Cuoco deixa uma história rica na teledramaturgia, repleta de personagens que conquistaram o coração do público. A sua contribuição para a cultura brasileira é inegável e seu legado permanecerá vivo nas lembranças de todos que acompanharam sua carreira ao longo das décadas. O mês sem Cuoco é um convite à reflexão sobre a fragilidade da vida e a importância de valorizar aqueles que nos proporcionam momentos inesquecíveis através da arte.
A vida e a carreira de Francisco Cuoco continuam a inspirar novos artistas e a encantar as audiências. Sua trajetória é um testemunho da dedicação, talento e paixão pela atuação, elementos que o tornaram um verdadeiro ícone na televisão brasileira.