Brasil, 25 de julho de 2025
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Trump aplica tarifa de 50% ao Brasil por relações tensas na OMC

EUA anuncia tarifas de até 50% para vários países, incluindo o Brasil, alegando violações comerciais e interferências nas eleições

Nesta quinta-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a aplicação de tarifas de até 50% a países com os quais o relacionamento não tem sido favorável, entre eles o Brasil. A medida, que entra em vigor a partir de 1º de agosto, foi anunciada após a publicação de uma lista de nações afetadas por suas ações comerciais.

Tarifas de 50% contra o Brasil e outros países

Em eventos em Washington D.C., Trump declarou que as tarifas variam de 15% a 50%, dependendo do relacionamento com cada país. “Em alguns casos, é 50% porque o relacionamento não tem sido bom conosco”, afirmou. A decisão reforça a situação de tensão na relação brasileira com os EUA, agravada por medidas qualificadas pelo governo americano como “injustas”.

O próprio Trump já havia divulgado, em julho, uma carta enviada ao presidente Lula, na qual anunciava tarifas de 50% sobre todas as importações brasileiras. Segundo ele, o aumento das taxas decorreu de ataques do Brasil às eleições e à liberdade de expressão nos Estados Unidos, além de supostas ações do Supremo Tribunal Federal que, na visão dele, ameaçam plataformas de redes sociais americanas no Brasil.

Contexto das penalidades e críticas brasileiras

O Brasil figura entre os países mais impactados pela nova rodada de tarifas de Trump, que também atinge nações africanas, asiáticas e europeias. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, o país possui um déficit comercial de US$ 88,61 bilhões com os Estados Unidos desde 2009, indicando uma relação comercial marcada por exportações americanas superiores às brasileiras.

Diante da medida americana, o governo brasileiro já avalia formas de resposta, reunindo empresários e especialistas em comércio internacional. O presidente Lula criticou a decisão de Trump, destacando que o mandatário “não foi eleito para ser o imperador do mundo”.

Repercussões e declarações oficiais

Na justificativa apresentada, Trump afirmou que as tarifas foram uma resposta às “ações insidiosas” do Brasil contra eleições livres e à suposta censura promovida pelo Supremo Tribunal Federal. “Nosso relacionamento, infelizmente, tem sido injusto e não recíproco”, declarou.

Estes aumentos tarifários também têm suscitado reações na OMC, onde o Brasil já manifestou sua insatisfação, acusando Trump de implementar tarifas arbitrárias de forma caótica. A expectativa é que o governo brasileiro continue protestando na organização internacional, buscando conter a escalada de medidas protecionistas.

Impactos futuros na relação comercial e diplomática

Especialistas afirmam que a ofensiva tarifária pode criar turbulências no comércio bilateral, afetando setores do agronegócio, manufatura e tecnologia. Além disso, o clima de tensão pode dificultar negociações futuras e comprometer a cooperação econômica e diplomática entre os dois países.

Enquanto o governo brasileiro monitora a situação, analistas ponderam que uma resposta firme na OMC e estratégias de diversificação de mercado podem ser caminhos a serem seguidos pelo Brasil em momentos de retaliação internacional.

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