Em uma recente entrevista ao programa Contexto Metrópoles, o pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, comentou sobre a participação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na política nacional. Segundo Malafaia, apesar de a esposa do ex-presidente ter conquistado um espaço próprio, ela não pode ser considerada a principal voz do público conservador. Para o líder religioso, existem diversas vozes relevantes dentro da direita que precisam ser reconhecidas.
A importância de múltiplas vozes na política conservadora
Durante a entrevista, Malafaia enfatizou que Michelle possui uma trajetória política significativa e que sua popularidade é resultado de suas próprias ações. “Não acredito que a Michelle vai ser a grande voz do público conservador, porque tem várias vozes. Ela conseguiu capilaridade por conta própria. As pessoas, no mundo político, conquistam seu espaço pelas ações e atitudes”, afirmou o pastor.
Ele também listou outros nomes que, segundo ele, têm ganhado destaque entre os eleitores conservadores, como Nikolas Ferreira, Gayer e os deputados Flávio e Eduardo. Malafaia defendeu a pluralidade de lideranças na direita, salientando que a ascensão de Michelle não exclui a importância de outras figuras influentes no movimento conservador.
União em torno de Michelle
No entanto, a visão de Malafaia contrasta com a opinião do senador Wellington Fagundes, líder do Bloco Vanguarda. Durante uma conversa com jornalistas, Fagundes expressou a necessidade da oposição se unir em torno de Michelle como uma potencial governante da direita, especialmente após as dificuldades que Jair Bolsonaro enfrenta em função de sua inelegibilidade.
“A oposição deveria se unir em torno de Michelle e pretendo procurar o Bolsonaro para discutir esse assunto”, declarou Fagundes, destacando a importância de uma forte representação conservadora em um momento em que o ex-presidente não pode concorrer.
Indefinição sobre a candidatura de 2026
A declaração de Silas Malafaia ocorre em um contexto de incerteza sobre quem será o candidato apoiado por Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026. Com o ex-presidente enfrentando questões legais que o tornam inelegível, as lideranças conservadoras estão em um impasse, buscando consolidar um nome que represente a direita nas próximas eleições.
O pastor considerou desnecessária a pressão para que uma candidatura seja definida em um curto espaço de tempo, afirmando que isso é comum no meio político. “É normal que as direções políticas definam seus apoios na última hora, e o cenário eleitoral é, por natureza, volátil”, argumentou Malafaia.
Perspectivas de Michelle para o Senado
Em meio a toda essa movimentação, uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas revelou que Michelle Bolsonaro lidera com 42,9% das intenções de voto para uma das vagas no Senado nas eleições de 2026. Os dados refletem não apenas sua popularidade, mas também a confiança de muitos em sua capacidade de representar o público conservador.
Malafaia, com otimismo, afirmou: “Se a Michelle for candidata ao Senado, ela vai ser senadora, ela vai ganhar.” Essa declaração reforça a crença do pastor em sua capacidade de vencer as eleições e de fazer valer a voz do conservadorismo no Brasil.
À medida que se aproximam as eleições de 2026, fica evidente que a trajetória política de Michelle Bolsonaro está apenas começando, e que seu papel dentro do contexto conservador poderá se expandir nas próximas décadas.
Com a diversidade de vozes no campo político conservador e a pressão por uma definição clara de liderança, o cenário nos próximos anos promete ser dinâmico e cheio de desafios, tanto para os apoiadores de Jair Bolsonaro quanto para os novos líderes que estão se destacando no atual cenário político.