Brasil, 23 de julho de 2025
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Relatos de resiliência na Ucrânia durante os ataques russos

O sacerdote greco-católico Yaroslav Rokhman compartilha experiências de fé e resistência em meio à guerra na Ucrânia.

A situação na Ucrânia continua tensa e desafiadora, com ataques aéreos recorrentes que afetam diariamente a vida dos cidadãos. O sacerdote greco-católico Yaroslav Rokhman, que atua no centro perinatal de Ivano-Frankivsk, tem sido uma voz de esperança e resistência em tempos tão sombrios. Seu testemunho ilustra não apenas o medo que permeia a vida cotidiana, mas também a determinação das pessoas em continuar vivendo apesar das circunstâncias adversas.

O cenário da guerra na Ucrânia

Conforme relatado por Svitlana Dukhovych para a Vatican News, o cenário de guerra na Ucrânia é alarmante. Recentemente, ataques aéreos deixaram uma criança de 10 anos morta e cinco feridos em Kramatorsk, juntamente com um ataque de drone em Putyvl que feriu 13 pessoas, incluindo uma criança de 5 anos. A situação se intensificou com um ataque massivo que ocorreu em 21 de julho, onde 426 drones e 24 mísseis atingiram várias cidades, causando destruição significativa e incêndios em Kiev, Kharkiv e Ivano-Frankivsk.

Uma noite de pavor e desespero

O Pe. Yaroslav tem vivido momentos angustiantes. Em suas palavras, ele descreve uma noite aterrorizante, marcada por explosões assustadoras. “Eu ouvi os barulhos das explosões a noite toda. Minha filha de 8 anos estava em pânico, e a convenci a descer para o porão, mas foi difícil. Penso em todas as crianças que estão vivendo essa realidade,” relatou ele. O medo não apenas o preocupa, mas também afeta muitas famílias que, ao invés de um abrigo seguro, se veem obrigadas a descer para espaços improvisados durante os ataques.

O impacto nas mulheres grávidas

O sacerdote também expressa suas preocupações pelas mulheres grávidas que buscam abrigo no centro perinatal. Durante os bombardeios, as mulheres são forçadas a se refugiar em um porão que não oferece as melhores condições para o momento delicado que vivem. “Elas precisam de um ambiente seguro e adequado, não apenas de um lugar improvisado. O medo é palpável, e todos estamos passaram por isso de um jeito ou de outro,” destaca Pe. Yaroslav, refletindo sobre a impotência que muitos cidadãos sentem em face da guerra.

Manter a fé em tempos de adversidade

Apesar do cenário caótico, Pe. Yaroslav decidiu por realizar a missa no dia seguinte ao ataque. Quando se dirigiu à igreja, se surpreendeu com a determinação dos moradores que, mesmo após uma noite de terror, saíram para trabalhar e viver. “Isso demonstra a força e a resiliência do nosso povo,” afirmou. Ele destaca que, mesmo cansados e abalados, todos continuam a fazer planos e a buscar uma vida normal.

O papel da Igreja e da comunidade

Desde o início da invasão russa, os padres, tanto greco-católicos quanto romano-católicos, têm sido fundamentais ao lado da população, oferecendo suporte emocional e espiritual. “O ambiente de estresse e agressividade é real, e nosso chamado é lembrar às pessoas que a resistência deve ser sólida, baseada no amor pela família e pela pátria,” ressalta o sacerdote, sintetizando a missão da Igreja em tempos difíceis.

Resiliência em meio ao caos

Pe. Yaroslav recorda um episódio marcante que evidencia a força da normalidade. Uma amiga sua, no primeiro dia da guerra, postou a foto de um funcionário de limpeza, elucidando que essa ação simples trouxe luz em meio à escuridão. “Agora, mais do que nunca, precisamos fazer nossas obrigações diárias e manter nossa estabilidade,” enfatiza. Esse sentimento de resiliência é evidenciado nos atos de fé dos habitantes, como na aldeia de Vasiuchyn, onde os fiéis se reuniram para rezar após um ataque a sua igreja, demonstrando união e paz em meio ao caos.

Os relatos do Pe. Yaroslav Rokhman servem como um lembrete da força do espírito humano em face da adversidade. Apesar dos desafios e do medo incessante, a vida continua na Ucrânia, marcada pela fé e a esperança de dias melhores.

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