Brasil, 23 de julho de 2025
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Polícia prende suspeito de participação na morte de PM em Guapimirim

Suspeito foi detido em Magé após investigação sobre o assassinato do policial Uillian de Oliveira, ocorrido em junho na Baixada Fluminense.

Na manhã desta terça-feira (22), a Polícia Militar prendeu Júlio César da Silva Júnior, conhecido como Juninho, de 25 anos, em uma operação que investigava sua participação na morte do policial militar Uillian de Oliveira, de 44 anos, em Guapimirim, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu em junho e teve repercussão nacional devido à brutalidade do caso e ao envolvimento de traficantes.

Detenção e mandados de prisão

A prisão de Júlio foi realizada em Magé, também na Baixada, após uma ação conjunta das polícias Militar e Civil. Segundo informações da investigação, Júlio César já possuía um mandado de prisão em aberto por associação com o tráfico de drogas, o que levantou mais suspeitas sobre seu envolvimento em atos criminosos. A polícia ainda não revelou detalhes específicos sobre a participação de Juninho na morte do policial.

No mês de junho, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) havia prendido outro suspeito, Daniel Ferreira Bernardo, de 26 anos, que também é acusado de envolvimento no assassinato. Daniel supostamente emprestou um dos veículos utilizados no crime, reforçando a ligação entre os dois suspeitos e a investigação em andamento.

O crime e suas circunstâncias

Uillian de Oliveira foi morto a tiros logo após sair do trabalho, ainda fardado, enquanto se dirigia para casa. De acordo com a Polícia Civil, o assassinato foi uma ação de traficantes afiliados ao Comando Vermelho, que retaliaram o PM devido ao seu trabalho em Magé. A investigação apontou que este crime foi planejado, visando atingir não apenas Uillian, mas também enviar uma mensagem ao estado sobre a impunidade no tráfico.

Imagens de câmeras de segurança capturaram dois veículos utilizados na ação: um Hyundai Creta, que tinha sido roubado, e um Volkswagen Gol prata. Após a execução, os veículos seguiram por rotas distintas para dificultar o rastreamento pela polícia. O Gol, segundo a polícia, é de propriedade de Daniel Ferreira, que teria dirigido o carro durante o ataque.

Destruição de provas e prisão de Daniel

Além de ser acusado de participar da execução, Daniel também está envolvido em atividades que visavam obstruir a justiça. Após o assassinato, ele teria ajudado a destruir provas, retirando equipamentos do Gol antes de queimá-lo. As imagens mostram o carro circulando entre Duque de Caxias e Guapimirim antes de ser destruído, o que fortaleceu ainda mais as suspeitas sobre sua culpabilidade.

Durante o interrogatório, Daniel forneceu versões contraditórias sobre seu envolvimento no caso, o que levou a DHBF a pedir sua prisão. A Justiça acatou o pedido e determinou a prisão temporária de Daniel, que foi cumprida na madrugada dessa terça-feira.

Repercussão e investigação continuada

A Polícia Civil classificou o assassinato de Uillian como uma “execução sumária com forte carga simbólica”, insinuando que a morte do PM foi uma afronta ao estado e sua atuação no combate ao tráfico. A DHBF segue trabalhando para desvendar a rede de execução, buscando identificar não apenas os executores, mas também os mandantes e facilitadores da ação criminosa.

A ocorrência levantou debates importantes sobre a segurança dos policiais e o ambiente de violência vivido na Baixada Fluminense. Casos como este demonstram a necessidade urgente de medidas efetivas para proteger aqueles que atuam na linha de frente no combate ao crime organizado.

O caso continua em investigação e as autoridades prometem manter a população informada sobre os desdobramentos desse assassinato que chocou a comunidade local.

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