Ozzy Osbourne, símbolo do rock e responsável por popularizar o heavy metal, morreu nesta terça-feira aos 76 anos, anunciou sua família. O artista, conhecido por seu estilo icônico e controvérsias, enfrentava há anos problemas de saúde relacionados à doença de Parkinson.
Legado de Ozzy Osbourne no rock e na música pesada
Nascido John Michael Osbourne em 3 de dezembro de 1948, na Inglaterra, ele construiu uma carreira que influenciou gerações e definiu o som do heavy metal. Como vocalista do Black Sabbath, junto a Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, criou canções que marcaram a história do gênero, como “Paranoid” e “Iron Man”.
Em 1980, lançou o álbum solo Blizzard of Ozz, que trouxe hits como “Crazy Train” e solidificou seu sucesso internacional. Sua imagem dark, impactante e repleta de simbolismos religiosos ajudou a definir o visual do estilo, conquistando fãs e assustando críticos, que frequentemente negligenciaram sua música.
Vida pessoal marcada por excessos e superações
Polêmicas e caráter revolucionário
O repertório de Ozzy também foi marcado por episódios de excessos e atitudes extremas, como o famoso episódio em que mordeu a cabeça de um morce ao vivo, em 1982, uma ação que consolidou sua fama de rebelde. Sua relação com as drogas e o álcool foi tumultuada, levando-o a crises e a um período difícil na carreira.
Casado com Sharon Osbourne desde 1982, seu casamento enfrentou altos e baixos, incluindo uma fase em que tentou suicídio e episódios de dependência que quase destruíram sua relação familiar. Mesmo assim, Sharon permaneceu ao seu lado e ajudou a expor sua vida na aclamada série “Os Osbourne”, que humanizou a figura do roqueiro.
Diagnóstico de Parkinson e despedida definitiva
Em 2020, Ozzy revelou que tinha Parkinson, uma doença neurodegenerativa sem cura, o que impactou seus planos de turnê. Apesar das dificuldades, ele continuou ativo, lançando o álbum Memoirs of a Madman em 2014 e colaborando com artistas como Post Malone em 2019.
Seu último grande momento foi a gravação do concerto de despedida com o Black Sabbath, intitulado “Back to the Beginning: Ozzy’s Final Bow”, previsto para 2026 nos cinemas. Em entrevistas recentes, expressou desejo de uma vida mais tranquila, com menos multidões e mais animais, incluindo a intenção de abrir centros de resgate de cães e cavalos.
“Apesar de tudo, estou vivo”, afirmou Ozzy em uma de suas últimas entrevistas na Sirius XM, destacando sua luta contínua contra a enfermidade e seus desejos de paz após uma vida marcada por fama, excessos e desafios pessoais. Sua morte marca o fim de uma era na música mundial, mas seu legado permanece vivo em milhões de fãs ao redor do mundo.
Herança e reconhecimento
Reconhecido como “O Padrinho do Metal” e “Príncipe das Trevas”, Ozzy Osbourne deixa uma marca indelével na história do rock. Sua influência ultrapassou gerações, e sua personalidade complexa continuará a ser objeto de admiração e estudo.
O mundo da música lamenta a perda de um artista que, apesar dos altos e baixos, se manteve fiel a seu estilo e essência. Sua contribuição vai muito além da música, influenciando toda uma cultura do rock pesado.
O legado de Ozzy será celebrado por meio de futuros lançamentos, incluindo o documentário do último show, previsto para 2026. Sua trajetória é uma prova de que, mesmo diante das adversidades, a criatividade e a ousadia podem transformar vidas e influenciar o mundo.