Brasil, 23 de julho de 2025
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Michelle Bolsonaro pode assumir liderança da direita após restrições a Jair

Após imposições contra Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama ganha destaque político e divide opiniões na oposição.

A situação política brasileira se torna ainda mais intrigante com a possível ascensão de Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e atual presidente do PL Mulher, ao protagonismo da direita. Após as medidas restritivas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que incluem a proibição de uso de redes sociais e a imposição de uma tornozeleira eletrônica, muitos no partido e na oposição já começam a vislumbrar um novo cenário. Há uma ala que defende que Michelle não só possa, mas deva, assumir a liderança nesse novo contexto, levantando questões sobre seu papel no bolsonarismo e na estratégia política do PL.

A ascensão de Michelle Bolsonaro na política

A aposta na ex-primeira-dama é, de acordo com algumas vozes influentes da política, de que ela possa se tornar a porta-voz do bolsonarismo, respondendo e reagindo às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que afetam diretamente Jair e seus aliados. A senadora Damares Alves, por exemplo, enfatizou que Michelle possui uma aceitação popular maior devido à sua condição de mulher e à sua formação evangélica, atributos que podem agregar valor à imagem da direita, especialmente em tempos de turbulência.

Além disso, o nome de Michelle é cogitado como um forte candidato para as eleições de 2026. Recentemente, uma pesquisa da Genial/Quaest mostrou que ela possui 19% das intenções de voto, traçando uma competição acirrada diante do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que garante 30% na mesma pesquisa. Isso coloca Michelle em uma posição vantajosa, superando até mesmo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que aparece com 15% nas intenções.

Cenário de apoio e resistência

No entanto, a possibilidade de Michelle assumir um papel mais protagonista não é vista com unanimidade dentro do PL e entre os aliados de Jair Bolsonaro. A resistência é palpável, especialmente entre alguns membros do partido que continuam a defender a figura do ex-presidente como sua principal liderança. Paulo Bilynskyj, presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, declarou que não se pode interpretar a fala de Damares como um consenso, sustentando que “nosso candidato é o Bolsonaro”. Essa divisão interna pode gerar embates interessantes enquanto o cenário político se desenvolve.

Análise das condições para a liderança feminina

Os defensores de Michelle argumentam que a experiência e a liderança que ela já demonstrou em sua atuação à frente do PL Mulher podem ser a resposta que a direita precisa. Damares, novamente reforçando a figura de Michelle, disse que a ex-primeira-dama poderia se tornar a “maior liderança conservadora do país”. Durante uma coletiva à imprensa, essa ideia encontrou eco entre alguns membros da oposição que acreditam na possibilidade de uma mudança de liderança no campo bolsonarista.

Projeções e o futuro político

Históricamente, Michelle Bolsonaro tem se mantido afastada de comentários sobre planos políticos, embora seu papel ativo em eventos do PL Mulher sugira que ela esteja se preparando para uma maior participação política. Alguns analistas sugerem que, antes de buscar a presidência, uma possível candidatura ao Senado poderia ser uma rota mais viável para a ex-primeira-dama, permitindo-lhe adquirir experiência legislativa antes de se lançar em uma corrida presidencial.

No dia da ação da Polícia Federal que impactou diretamente seu marido, Michelle manteve um perfil baixo e focou em publicar mensagens religiosas, demonstrando que, apesar das adversidades, ela não abandonou a retórica conservadora. Essa estratégia de comunicação inteligente pode ser crucial na construção de sua imagem pública e na consolidação de sua posição política.

Conclusão: um novo nome na cena política

A narrativa em torno da liderança de Michelle Bolsonaro na direita brasileira provavelmente continuará a evoluir nos próximos meses, especialmente com a crescente pressão sobre Jair Bolsonaro e as implicações legais que ele enfrenta. A possibilidade de uma nova líder emergir nesse contexto não só reformula o cenário político, mas também instiga debates sobre o espaço das mulheres na política brasileira. O futuro, então, reserva não apenas desafios, mas também oportunidades para que figuras como Michelle possam trazer uma nova dinâmica ao campo conservador no Brasil.

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