Brasil, 23 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Julgamento sobre autuações fiscais da Light deve terminar em setembro

Processo envolvendo autuações de R$ 2 bilhões contra a distribuidora Light está empacado na CSRF, com previsão de retomada em setembro

O julgamento do processo que discute autuações fiscais de aproximadamente R$ 2 bilhões contra a Light foi retomado ontem na Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF). O caso, que começou a ser analisado em março, teve sua votação interrompida por pedidos de vista e por uma greve de auditores fiscais, devendo ser concluído até setembro.

Histórico do caso e implicações fiscais

Desde 2016, o Fisco lavrou autos de infração contra a Light, alegando que a distribuidora deve recolher impostos referentes a supostos furtos de energia. A empresa contesta essas autuações, e, em abril do ano passado, conquistou uma vitória no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). No entanto, a Fazenda recorreu à CSRF, órgão que julga divergências em casos semelhantes, pois a decisão do Carf não foi unânime.

Disputa sobre a dedução do imposto

A disputa central envolve a possibilidade de deduzir o imposto com base na apresentação de boletins de ocorrência de furtos de energia. A Fazenda sustenta que, para essa dedução, seria necessário apresentar boletins específicos para cada furto, o que seria inviável por envolver centenas de milhares por ano. A Light argumenta que essa exigência dificultaria a sua defesa.

Defesa da Light e expectativas para o julgamento

Nos processos na CSRF, a Light é defendida pelos escritórios Pinheiro Neto e BMA. Os advogados responsáveis, incluindo Carlos Henrique Bechara, João Rafael Gândara e Luiz Paulo Romano, já trabalharam em casos similares, buscando garantir a compreensão da tese de defesa.

Segundo informações do O Globo, o julgamento deve ser retomado em setembro, com uma decisão provável antes do final do ano. A previsão é que o tribunal encerre a análise do tema, que possui relevância financeira e pode estabelecer precedente para outras disputa semelhantes.

Perspectivas futuras

Se a CSRF mantiver a decisão contra a Light, a distribuidora poderá ter que pagar a multa de até R$ 2 bilhões, além de possíveis multas adicionais. A aposta da empresa é na possibilidade de, novamente, conseguir reverter a autuação e garantir o direito de deduzir os impostos sem a necessidade de apresentar boletins de ocorrência específicos para cada furto.

A disputa reflete o desafio do Fisco e das distribuidoras em relação às regras de tributação de energia furtada, uma questão que ainda gera debates e pode estabelecer importantes precedentes jurídicos no setor elétrico brasileiro.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes