A deputada democrata Jasmine Crockett, representante pelo Texas, fez uma acusação forte contra o ex-presidente Donald Trump, afirmando que ele estaria tentando destruir provas relacionadas ao caso Epstein. Crockett revelou que, executando uma estratégia que pode envolver esconder evidências, Trump estaria manipulando os arquivos do infame financista, morto em 2019 enquanto estava sob custódia.
Crockett aponta tentativa de esconder provas do caso Epstein
Em uma entrevista interrompida por um trecho de uma conversa com o influenciador digital Russell Ellis – conhecido como Jolly Good Ginger – Crockett afirmou que, apesar de o Congresso ainda discutir a possibilidade de votar a liberação de documentos sigilosos, há indícios de que o ex-presidente estaria destruindo provas. “Ele passou de estar com esse material na mesa para afirmar que não existe mais nada. Eles podem estar destruindo evidências, e ele não está acima disso”, declarou Crockett.
Reação do Congresso à tentativa de ocultar informações
A acusação da congressista vem após a decisão do presidente da Câmara, Mike Johnson, de encerrar as atividades do Legislativo por cinco semanas, até setembro, bloqueando um esforço bipartidário que buscava obrigar a divulgação dos arquivos relacionados a Epstein. A votação sobre a liberação dos documentos fora impedida pelo bloqueio do republicano, aumentando as suspeitas de tentativas de encobrimento.
Trump, o DOJ e os arquivos de Epstein
Recentemente, o ex-presidente Donald Trump e a Procuradora-Geral, Pam Bondi, sofreram críticas pela gestão dos arquivos de Epstein. Um memorando do Departamento de Justiça e do FBI afirmou que a morte de Epstein, ocorrida enquanto ele aguardava julgamento, foi um suicídio e que não possuía uma lista de clientes, embora Bondi tenha afirmado, em fevereiro, que tal lista estaria “sobre a sua mesa” naquela época. Estes fatos têm alimentado teorias de conspiração e alegações de encobrimento por parte do governo.
Segundo Crockett, há sinais de que os arquivos podem estar sendo deliberadamente destruídos, incluindo detalhes sobre uma busca no patrimônio de Trump na Flórida. Ela ressaltou a resistência do governo em divulgar informações, destacando os esforços de Ghislaine Maxwell, associada de Epstein e atualmente presa por 20 anos, para impedir a liberação de provas adicionais.
Indícios de manobra e acusações de descarte de provas
“Eles dizem: ‘Nos dê um mês, e destruiremos tudo, para então liberar’”, ironizou Crockett. A deputada criticou a postura de Trump, especialmente após a tentativa da administração de tornar públicos os depoimentos de júri relacionados ao caso Epstein, uma solicitação que foi indeferida pelos tribunais.
Ela relembrou também a operação do FBI na propriedade de Trump, Mar-a-Lago, em 2022, onde agentes buscavam documentos classificados. Embora o processo de acusação contra o ex-presidente por essa questão tenha sido arquivado, Crockett afirmou que há evidências de que ele possa ter destruído provas nesse episódio.
Impacto das ações de Trump e o futuro do caso
A discussão sobre o bloqueio do acesso aos arquivos de Epstein reforça a especulação de uma tentativa de esconder detalhes comprometedoras. O Congresso promete manter o debate vivo, mesmo com o avanço de medidas de bloqueio. Para Crockett, os sinais apontam para uma possível operação de apagamento de provas, levantando dúvidas sobre o que ainda pode estar escondido.
Até o momento, as investigações continuam, e o debate sobre a transparência dos arquivos de Epstein mantém-se como uma questão central na política americana. A expectativa de que novas revelações possam vir à tona nos próximos meses reforça a pressão por uma investigação plena e transparente.
Esta matéria foi originalmente publicada pelo HuffPost.