Brasil, 23 de julho de 2025
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Impacto do preço baseado em IA da Delta na tarifa aérea

Delta usa inteligência artificial para definir preços de passagens, o que pode alterar o cenário de voos mais acessíveis ou mais voláteis

Apesar da pandemia ter tornado voar mais barato do que há anos, a adoção de inteligência artificial pela Delta para precificação de passagens levanta dúvidas sobre o futuro dos custos de voar. Atualmente, as tarifas aéreas estão mais acessíveis, com preços ajustados pela inflação 41% menores do que há uma década, e junho de 2025 sendo o segundo mês mais barato em 10 anos.

Delta e a inteligência artificial na precificação de tarifas

Segundo Glen Hauenstein, presidente da Delta, a companhia utiliza IA como uma espécie de “super analista”, atuando 24 horas por dia, sete dias por semana, para ajustar os preços das passagens. Em 2024, a airline usava essa tecnologia em cerca de 1% de suas tarifas, com a meta de chegar a 20% até o final de 2025.

Apesar do entusiasmo, a prática tem gerado reações negativas. O senador democrata de Arizona, Ruben Gallego, descreveu a estratégia como “precificação predatória” e manifestou preocupação com os efeitos ao consumidor.

Histórico dos preços de passagens e as implicações da IA

A precificação dinâmica de tarifas aéreas não é novidade. Desde a desregulamentação no final dos anos 1970, que eliminou tarifas fixas, os preços têm variado de acordo com o mercado. Hoje, voar se tornou uma compra altamente volátil: por exemplo, um mesmo voo de Atlanta a Amsterdã pode custar de US$ 300 a US$ 1.300 em dias diferentes, para datas idênticas.

Vantagens e desafios da IA na precificação

Por um lado, a inteligência artificial pode ampliar o potencial de redução de custos das passagens, tornando o voo mais acessível para mais pessoas. Contudo, a volatilidade e a opacidade no valor das tarifas podem gerar confusão entre os consumidores e possíveis práticas abusivas.

Futuro e riscos do uso de IA na aviação

A adoção crescente de IA na definição de tarifas revela um cenário em que os preços podem se tornar ainda mais imprevisíveis, afetando a previsibilidade e o planejamento do passageiro comum. Reguladores e consumidores, portanto, acompanham com atenção essa transformação, que pode tanto ampliar a democratização do transporte aéreo quanto complicar a sua compreensão.

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