O ministro Fernando Haddad revelou que a área técnica do governo deve apresentar nesta quinta-feira os planos de contingência ao presidente Lula, que serão levados à Casa Branca na próxima semana. Haddad reforçou a importância de manter o diálogo técnico com os Estados Unidos e destacou que há uma concentração de informações na Casa Branca, dificultando a compreensão do movimento norte-americano na questão comercial.
Negociações e posicionamento do Brasil perante os EUA
Questionado sobre a possibilidade de uma sobretaxa de 50% sobre produtos importados do Brasil pelos EUA, Haddad disse que têm ocorrido boas surpresas nas negociações, mas ressaltou que ambos os países precisam estar sentados à mesa para avançar. “Queremos um debate técnico, baseado na racionalidade”, afirmou o ministro, ao sair do ministério na noite desta quarta-feira, em Brasília.
Segundo Haddad, o Brasil tem razão de querer participar das discussões, mas o centro das tratativas atualmente está na assessoria da Casa Branca, o que torna difícil entender qual será o próximo movimento norte-americano. “O tema está concentrado na Casa Branca, e aí surge a dificuldade de entender melhor qual será o próximo passo deles”, explicou.
Contexto internacional e preparação para negociações
O ministro observou que outros países, como Europa, Japão, Indonésia, Filipinas e Vietnã, já estão se movimentando nas negociações comerciais. Ele ressaltou a necessidade do Brasil estar preparado para quando chegar a vez do país em negociações globais. “Queremos um debate baseado na racionalidade e na técnica, para defender os interesses do Brasil”, afirmou.
Haddad também comentou que a equipe econômica tem visto a possibilidade de um cenário onde, caso implementada, a sobretaxa nos EUA possa ser uma alternativa, embora ainda não haja confirmação oficial. O ministro ressaltou que o governo continuará buscando um entendimento, evitando medidas protecionistas que prejudiquem as relações comerciais.
Impacto no Brasil e preocupação com os Estados
Entre os locais mais preocupados com o “tarifazo” estão os municípios do Estado do Rio de Janeiro, cuja participação em cadeias produtivas com os EUA gera receios de impactos econômicos locais. Mais detalhes aqui.
Haddad afirmou que o governo vem monitorando as movimentações internacionais, destacando que a Europa, Japão, Indonésia, Filipinas e Vietnã já iniciaram rodadas de negociação, o que demonstra a importância de o Brasil estar preparado para defender seus interesses com argumentos técnicos e racionais. Japão e Indonésia também estão presentes nesse cenário.
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