Brasil, 23 de julho de 2025
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Governadores anunciam medidas de apoio às empresas afetadas pelo tarifaço de Trump

Governos estaduais lançam linhas de crédito e incentivos para minimizar o impacto do tarifaço dos EUA, com foco em setores como agronegócio e indústria

Nos principais estados do Brasil, governadores discutem estratégias para apoiar empresas afetadas pelo aumento de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, incluindo linhas de crédito subsidiadas e estímulos fiscais. As medidas buscam mitigar os efeitos econômicos do tarifamento, que já impacta setores como agroindústria, carnes e manufaturas.

Medidas de apoio e recursos financeiros aos setores afetados

Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas anunciou a ampliação do fundo garantidor para oferecer crédito a setores mais afetados e o estudo de uma linha de crédito vigorosa com juros subsidiados, além de liberar créditos do ICMS para ajudar as empresas a passar pelo período de crise. Segundo o governador, “vamos fazer uma grande entrega de crédito de ICMS, uma grande devolução de crédito, para abastecer essas empresas com recursos financeiros”.

Foco no setor agroindustrial em Goiás

Já em Goiás, Ronaldo Caiado destacou que uma linha de crédito específica será voltada ao setor agroindustrial, com juros inferiores a 10% ao ano — abaixo da taxa básica Selic, atualmente de 13,75%. O governo goiano não aportará recursos públicos na medida, mas exigirá a manutenção dos empregos durante o período de empréstimo e pretende criar um fundo de garantia para apoiar pequenos e médios empresários.

Impacto econômico e perspectiva futura

As ações estaduais visam sustentar empresas diante da retração nas vendas e exportações provocada pela sobretaxa americana. Em outros estados, como Espírito Santo, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, também foram formados grupos de trabalho para avaliar e elaborar medidas de auxílio aos setores expostos às tarifas elevadas, que incluem agricultura, carnes, máquinas e bens de capital.

Dados indicam que setores como a indústria de máquinas e equipamentos pode sofrer prejuízos de até US$ 4 bilhões anuais, além de uma redução de cerca de 33% nas exportações de carne bovina para os EUA em junho. Especialistas avaliam que essas medidas emergenciais são essenciais para evitar uma recessão mais profunda no cenário atual.

Investigações e ações complementares

Além das ações de apoio, autoridades brasileiras continuam a monitorar a investigação comercial dos EUA contra o Brasil, incluindo temas como o Pix, Rua 25 de Março e redes sociais, que podem influenciar as relações comerciais futuras. Um grupo de trabalho será criado para avaliar possíveis medidas adicionais, com integração entre governo e iniciativa privada.

O cenário exige atenção das políticas públicas e da iniciativa privada, que buscam alternativas para preservar empregos e estabilidade econômica enquanto negociam soluções diplomáticas e comerciais internacionais.

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