As negociações entre União Europeia e Estados Unidos estão em curso para estabelecer uma tarifa de 15% para a maioria dos produtos europeus, segundo diplomatas familiarizados com o processo. A proposta ocorre em meio a tensões comerciais, enquanto EUA e UE buscam um entendimento para evitar retaliações mais severas.
EUA firmam acordos comerciais com Japão, Filipinas e Indonésia
Na semana, o governo americano anunciou acordos comerciais com países do continente asiático, incluindo o Japão, que estabelecerá tarifas de 15% para produtos japoneses, além de acordos com Filipinas e Indonésia. Segundo fontes, os EUA estão dispostos a aceitar uma tarifa de 15% em negociações com a UE, mas setores como o automotivo devem ser especialmente contemplados.
Possíveis tarifas de retaliação e cotas de importação
De acordo com informações obtidas, as autoridades europeias pressionam para incluir setores como automóveis no acordo, além de impor tarifas de até 50% em importações de aço e alumínio que excederem determinadas cotas. Uma potencial retaliação da UE inclui tarifas de 30% sobre cerca de US$ 117 bilhões em mercadorias americanas, caso as negociações não avancem.
Cautela na ratificação do acordo
Apesar do otimismo moderado, diplomatas destacam que o avanço depende da aprovação final por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, cuja decisão permanece incerta. Trump anunciou, em 12 de julho, uma tarifa de 30% para produtos importados da UE, numa tentativa de fortalecer a posição dos EUA nas disputas comerciais.
Medidas de retaliação da União Europeia
Para contrabalançar as ameaças americanas, a UE prepara um pacote de tarifas de até 30% em cerca de 21 bilhões de euros em produtos americanos, incluindo aviões da Boeing, carros e uísque bourbon. Segundo um porta-voz da Comissão Europeia, o bloco já possui uma lista de produtos que podem ser alvo de retaliação, caso as negociações não se concretizem.
Perspectivas para o futuro das negociações
Especialistas consideram que, embora haja sinalizações positivas, as negociações comerciais entre EUA e UE permanecem complexas e sujeitas a mudanças. Uma resolução favorável poderia evitar uma guerra tarifária que ameaçaria bilhões de dólares em exportações de ambos os lados.
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