O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, declarou nesta quarta-feira que os EUA consideram ampliar por mais 90 meses a pausa nas tarifas aplicadas reciprocamente à China, visando criar tempo para que as negociações avancem rumo a um acordo bilateral. A medida, atualmente em vigor, expira em 12 de agosto, após um primeiro ciclo de diálogos que resultou na suspensão de tarifas por três meses.
Revisão nas tarifas e otimismo nas negociações
Atualmente, as tarifas são de 10% sobre produtos americanos e de 30% sobre produtos chineses, uma extensão das taxas já existentes desde janeiro, quando o então presidente Donald Trump voltou ao poder. Bessent afirmou à Bloomberg Television que o ambiente de negociações está “muito positivo” com a China. “Estamos pensando em uma extensão de 90 dias, talvez um aumento de 90 dias neste prazo”, afirmou.
O secretário mostrou-se otimista quanto ao andamento das conversas entre os dois países, destacando que ambas as partes têm demonstrado sinais de desescalada. “Acredito que podemos estabelecer uma rotina de reuniões regulares e econômicas com a China”, completou Bessent.
Próximos passos e temas em discussão
Na próxima semana, Scott Bessent se reunirá com uma delegação chinesa em Estocolmo para discutir temas como a compra de petróleo iraniano e russo, assuntos sob avaliação por ambas as partes. Ele também afirmou que o diálogo continuará focado na melhora das relações comerciais, diante das tensões anteriores.
Contexto e impacto econômico
A suspensão das tarifas tem sido considerada um passo importante para evitar uma escalada no conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo, cuja disputa tem impactado mercados globais e cadeias de suprimentos. Segundo analistas, uma extensão dessa pausa pode promover maior estabilidade e facilitar avanços nas negociações futuras, especialmente em questões sensíveis como tarifas sobre produtos tecnológicos e agrícolas.
Especialistas alertam que, apesar do clima mais ameno, o cenário permanece incerto, e o desfecho das negociações dependerá de fatores políticos e econômicos internos de ambos os países.
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