Brasil, 23 de julho de 2025
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Eduardo Bolsonaro ironiza críticas de Zema sobre sanções nos EUA

Deputado federal responde ironicamente a governador de MG que o responsabilizou por sanções que afetaram a direita.

No embate entre a direita brasileira, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu com ironia a uma declaração do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Zema o culpou por ter “criado um problema” para a direita ao articular, nos Estados Unidos, sanções contra autoridades brasileiras. As declarações de ambos refletem as tensões no cenário político atual e a busca por estratégias que preservam interesses distintos dentro da mesma frente política.

A crítica de Zema e a resposta de Eduardo

Recentemente, em uma publicação nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro não hesitou em repelir as críticas com ataques indiretos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator dos inquéritos sobre os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. “Deve ter sido eu quem mandou prender velhinhas de 70 anos pelo resto da vida na prisão”, escreveu o deputado, de forma sarcástica, insinuando que a perseguição política seria consequência de uma agenda mais ampla.

Embora não tenha mencionado Zema diretamente, a opinião de Eduardo acerca do governador foi clara: ele criticou o que chamou de “turminha da elite financeira”. Segundo o deputado, enquanto cidadãos comuns sofrem com as consequências da tirania, os interesses das elites geram reações mais intensas. “Enquanto são pessoas simples e comuns as vítimas da tirania, não há problema. Mas mexeu com a sua turminha da elite financeira, daí temos o apocalipse para resolver”, atacou Eduardo.

O contexto da declaração e suas repercussões

A reação de Eduardo Bolsonaro ocorreu após uma entrevista de Zema ao jornal O Estado de S. Paulo, na qual o governador declarou que a atuação de Eduardo nos Estados Unidos poderia ter contribuído para um aumento nas tarifas implementadas pelo presidente americano, Joe Biden, afetando as exportações brasileiras. “A posição que foi adotada não foi a mais correta pelo filho do ex-presidente. Acho que isso acabou causando um problema para a direita”, disse Zema, ressaltando a imprevisibilidade da posição do governo dos EUA.

Essa troca de farpas indica não apenas uma disputa pessoal, mas também um reflexo das divergens entre as estratégias políticas em um cenário onde a unidade é crucial para a direita. A utilização das redes sociais para essa disputa é uma das características marcantes do ambiente político atual, onde acusações e ironias se tornam armas efetivas de luta política.

Eduardo Bolsonaro critica também o governador de SP

Na semana passada, as críticas de Eduardo não se restringiram apenas a Zema; ele também atacou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por buscar diálogo com empresários visando soluções práticas para as tarifas impostas por Trump. Nas redes sociais, ele acusou Tarcísio de demonstrar “subserviência servil às elites” e sugeriu que o foco deveria ser o “fim do regime de exceção” e a defesa dos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Esta posição de Eduardo reflete um desejo de maior radicalização e uma defesa dos interesses da base mais conservadora que o elegeu. Defensores de Eduardo argumentam que o seu discurso exprime a indignação da direita em relação à elite financeira e sua capacidade de influenciar decisões políticas. Essa estratégia, no entanto, pode ser vista como arriscada, especialmente em tempos onde a política de união parece ser cada vez mais essencial.

Considerações Finais

O embate entre Eduardo Bolsonaro e Romeu Zema traz à tona as tensões internas da direita brasileira, mostrando um racha que pode dificultar a articulação de estratégias comuns em contextos adversos. A expectativa agora é observar como essas disputas afetarão a dinâmica política à medida que o Brasil avança rumo às próximas eleições. As interações nas redes sociais se tornam, cada vez mais, o campo de batalha onde ideias e retóricas se chocam, refletindo a polarização crescente da política brasileira.

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