Brasil, 23 de julho de 2025
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Críticas a senadores bolsonaristas em missão aos EUA

A comitiva composta por senadores que foi aos Estados Unidos em busca de um acordo para redução da taxação sobre produtos brasileiros, imposta pelo ex-presidente Donald Trump, está no centro de uma intensa polêmica. A missão inclui ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro, como Tereza Cristina e Marcos Pontes, ambos aliados do ex-presidente, que têm enfrentado acusações de traição por parte de setores que fazem parte do movimento bolsonarista. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, foi um dos mais críticos da iniciativa, descrevendo-a como “vazia de legitimidade”.

A viagem e a reação bolsonarista

A criticar a viagem, Eduardo Bolsonaro afirmou, em suas redes sociais, que os senadores não falam em nome de Jair Bolsonaro, e a negociação está fadada ao fracasso. Suas palavras refletem um descontentamento crescente entre os membros mais radicalizados do grupo bolsonarista, que passaram a chamar os integrantes da comitiva de “traidores da pátria”. A viagem, que tem como objetivo discutir a ampliação do comércio entre o Brasil e os EUA, também está cercada de polêmicas em relação ao contexto político atual do país.

Statements e acusações

Na noite de terça-feira, Eduardo divulgou uma nota pública enfatizando que a comitiva de senadores “não fala em nome de Jair Bolsonaro”. Além disso, um vídeo compartilhado nas redes sociais pelo neto do general da ditadura militar, Paulo Figueiredo, acompanhou a declaração, prevendo que os senadores não teriam êxito em suas reuniões com o Departamento de Estado dos EUA, sugerindo que a comitiva seria tratada com desdém pelos representantes americanos. Figueiredo se referiu aos senadores como “traidores da pátria”, aumentando a pressão sobre eles.

Consequências políticas e posicionamento dos senadores

Apesar das críticas, Tereza Cristina e Marcos Pontes têm se mantido firmes em suas posições. Cristina, ex-ministra da Agricultura, e Pontes, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, têm reiterado seu apoio ao ex-presidente e afirmado a importância da negociação. Recentemente, Pontes usou suas redes sociais para expressar publicamente seu apoio a Bolsonaro, afirmando que “a honra não se anula” e que o presidente é apoiado por seguidores fervorosos.

Por outro lado, Tereza Cristina disse lamentar a crescente escalada de tensões, defendendo as ações como necessárias em um momento de crise. No entanto, a discordância entre os apoiadores de Jair Bolsonaro e os senadores que foram a Washington está criando um novo racha dentro do grupo político que antes parecia homogêneo.

A expectativa para a negociação

O grupo de senadores, que vai aos EUA entre os dias 29 e 31 deste mês, busca discutir a possibilidade de reduzir a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, uma medida que tem sido um dos principais entraves nas relações comerciais entre os dois países. Contudo, o clima hostil e as críticas crescentes sugere que os senadores podem enfrentar dificuldades adicionais nesse já complicado cenário de negociação. O ex-ministro Ronaldo Caiado criticou a viagem como “pura perda de tempo”, colocando ainda mais pressão sobre a eficácia da missão.

Os senadores que participarão da viagem incluem: Nelsinho Trad, Jaques Wagner, Tereza Cristina, Astronauta Marcos Pontes, Esperidião Amin, Rogério Carvalho, Fernando Farias, e Carlos Viana. O sucesso desta viagem poderá influenciar futuras decisões políticas e a percepção pública sobre a eficácia dos líderes bolsonaristas, uma situação que, por enquanto, se mostra cada vez mais desafiadora.

As reações e os descontentamentos demonstram que a relação entre os membros do campo político de Jair Bolsonaro e a população está se ressignificando, com a estratégia de negociação se apresentando como mais uma prova de divisão em um momento em que a unidade é essencial para o fortalecimento do grupo. O desfecho dessa missão em Washington poderá reverberar por muito tempo nas próximas decisões políticas no Brasil.

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