Brasil, 25 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Bernice King responde com simplicidade à liberação dos arquivos de MLK por Trumps

Filas de documentos sobre o assassinato de Martin Luther King Jr. geraram reações diversas, incluindo a de Bernice King, que questionou o momento da liberação.

Nesta segunda-feira, mais de 230 mil páginas relacionadas ao assassinato de Rev. Dr. Martin Luther King Jr. em 1968 foram tornadas públicas pelo Arquivo Nacional dos Estados Unidos. A liberação foi acompanhada por declarações de autoridades, incluindo a advogada e ativista Bernice King, filha do líder dos direitos civis.

Reação de Bernice King à liberação dos arquivos de MLK

Bernice King, atualmente presidente do The King Center, afirmou, em entrevista à Vanity Fair, que o momento da liberação dos documentos foi “desafortunado” e uma distração diante de questões mais urgentes. Ela declarou: “Hoje, não escrevo em minha função como CEO do The King Center para falar sobre os arquivos do governo. Eu questiono por que tenho que confrontar novamente algo que foi muito confuso e angustiante para mim quando tinha apenas cinco anos.”

Em uma postagem rápida no X, antiga rede social, Bernice reforçou sua posição de maneira concisa: “Agora, faça os arquivos de Epstein.”

Controvérsias e críticas à liberação dos arquivos de MLK

Especialistas e alguns membros da família de Martin Luther King têm divergências quanto ao conteúdo dos arquivos. Alguns historiadores afirmam que o material divulgado inclui informações já disponíveis ou sem novidades substanciais, enquanto críticos veem a liberação como um movimento político para desviar a atenção de outros escândalos, em especial os ligados ao caso Epstein.

A liberação ocorreu sem aviso prévio e foi vista por muitos como um ato que visa desviar o foco da repercussão de novas revelações sobre Epstein, assumindo uma conotação política mais ampla. Entre os opositores estão os filhos de MLK, que destacam a temporização como inoportuna em meio a debates sobre injustiça e transparência.

Resposta oficial do The King Center

O The King Center emitiu uma declaração defendendo a posição de Bernice e criticando o momento da publicação, chamando-o de “inepto” para ocasiões de crise social. A nota afirmou: “É lamentável e de mal momento, considerando as questões prementes que afetam os Estados Unidos e a sociedade global, que essa divulgação sirva para desviar a atenção das necessidades urgentes.”

Reflexões pessoais de Bernice King

Em entrevista à Vanity Fair, Bernice revelou seu sentimento em relação à história que ela prefere evitar relembrar. “Ainda não estou preparada para revisitar os detalhes macabros desse passado doloroso, pois isso só traz à tona o trauma que vivi”, declarou. Sua postura evidencia uma resistência emocional à tentativa de expor uma história que ainda provoca dor na família e na memória coletiva.

Contexto e impacto da liberação

Especialistas e familiares veem a liberação dos documentos como um movimento que, embora possa ser considerado importante do ponto de vista histórico, chega em momento de alta tensão social e política. Muitos argumentam que o conteúdo divulgado não traz novidades ou esclarecimentos relevantes, além de reforçar a politização de temas ligados ao passado da luta civil.

O debate em torno dos arquivos de MLK continua, refletindo o clima de divisão e as questões de justiça ainda presentes na sociedade americana, enquanto Bernice e outros líderes reafirmam a necessidade de focar em problemas atuais que demandam atenção prioritária.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes