Aliados do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estão analisando as possibilidades de nomeações em secretarias estaduais no Rio de Janeiro ou em Santa Catarina. Essas opções são consideradas as mais viáveis para que ele não perca o mandato, especialmente após seu afastamento, que se encerrou no último domingo. A indicação a um cargo no governo tem sido discutida como uma solução, caso não haja um acordo com a Câmara dos Deputados para que ele possa exercer sua função a partir dos Estados Unidos, onde está desde fevereiro deste ano.
Possibilidade de manutenção do mandato
Mesmo residindo fora do país, a nomeação em uma secretaria permitiria que Eduardo continuasse licenciado da Câmara, com o respaldo da Mesa Diretora. Essa estratégia garantiria que ele mantivesse seu mandato mesmo após o término do seu afastamento oficial. No entanto, a situação é delicada, e a pressão para encontrar uma solução viável está aumentando.
A situação em São Paulo e Santa Catarina
A movimentação nos bastidores está sendo liderada por parlamentares do PL, embora a possibilidade de Eduardo ser nomeado no governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), tenha sido quase totalmente rejeitada. Apesar de Eduardo ter sido eleito por São Paulo e de haver um alinhamento entre os dois, interlocutores paulistas não estão dispostos a apoiar essa indicação.
No que diz respeito a Santa Catarina, o cenário é considerado menos complicado politicamente. O governador Jorginho Mello (PL) é um dos aliados mais próximos ao bolsonarismo e seria mais receptivo a colaborar com a movimentação para garantir a nomeação de Eduardo. Contudo, as conversas ainda não tiveram início.
Desafios no Rio de Janeiro
As negociações para uma possível nomeação no Rio de Janeiro avançaram em um primeiro momento, mas, conforme revelado na coluna de Lauro Jardim, na Globo, o governador Cláudio Castro (PL) acabou retraindo-se após ser aconselhado por um integrante de um tribunal superior a não se envolver, considerando as possíveis consequências de confrontar ministros do Supremo Tribunal Federal, com os quais o governador já teve atritos legais.
Reação do PL e a urgência da situação
A prioridade dos aliados de Eduardo é garantir a manutenção do mandato. Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, destacou que a alternativa de Eduardo se tornar secretário em algum estado é uma das possibilidades em discussão, com um foco maior nas tratativas no Rio. Entretanto, a perspectiva de um fechamento rápido de acordo é essencial, uma vez que, a partir de agosto, Eduardo começará a acumular faltas, o que poderá resultar na perda do mandato em novembro.
Enquanto isso, Eduardo continuará em sua estadia nos Estados Unidos por tempo indeterminado, o que torna o cenário ainda mais complexo e urgente para os seus aliados.
A pressão sobre o partido e a necessidade de uma decisão ágil se tornam cada vez mais evidentes, com Eduardo Bolsonaro se encontrando em um momento decisivo em sua carreira política. À medida que a situação se desenrola, será interessante observar como se dará essa movimentação nas próximas semanas.
Assim, os desdobramentos sobre o futuro de Eduardo Bolsonaro e sua possível nomeação se tornam um assunto crucial para o cenário político brasileiro, evidenciando a fragilidade da posição de alguns parlamentares e as alianças formadas em torno do bolsonarismo.