Brasil, 22 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

STF ouve testemunhas em caso de trama golpista contra Lula

O julgamento que investiga a suposta trama para manter Bolsonaro no poder acontece no STF com a oitiva de 20 testemunhas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (22/7) as audiências das testemunhas indicadas pelas defesas dos réus do núcleo 3 da suposta trama golpista que tentava garantir a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo após as eleições de 2022. Este julgamento levanta uma série de questões sobre a integridade do processo eleitoral e os limites do poder executivo no Brasil.

O que é a trama golpista?

Os réus do núcleo 3 são acusados de fazer parte de uma organização criminosa com o objetivo de manter Bolsonaro no poder, mesmo diante da derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que, em 28 de novembro de 2022, os réus se reuniram para discutir a elaboração de uma carta de teor golpista, a qual seria enviada aos comandantes das Forças Armadas. Esta reunião levanta preocupações sobre a tentativa de conturbar a democracia brasileira e mina a confiança nas instituições.

Além da carta, a PGR também aponta que o grupo planejava ações que poderiam provocar um impacto significativo e criar mobilizações sociais. Tais ações incluiriam ameaças de violência contra autoridades brasileiras, o que demonstra a gravidade das implicações legando a este caso no cenário nacional. Entre as pessoas citadas como possíveis alvos estão o próprio Lula, o ministro Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Testemunhas convocadas para a audiência

Ao todo, serão ouvidas 20 testemunhas na data de hoje. Dentre elas, se destaca o ministro da Defesa do governo Lula (PT), José Múcio Monteiro, convocado pelo réu Rafael Martins de Oliveira. As audiências estão sendo conduzidas pelo gabinete do relator, o ministro Alexandre de Moraes, e ocorrem de forma remota por videoconferência, seguindo os protocolos de saúde e segurança em decorrência da pandemia.

Os réus do núcleo 3 da trama golpista

  • Bernardo Romão Correa Netto – coronel do Exército;
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira — general da reserva do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos — coronel do Exército;
  • Hélio Ferreira Lima — tenente-coronel do Exército;
  • Márcio Nunes de Resende Júnior — coronel do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira — tenente-coronel do Exército;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo — tenente-coronel do Exército;
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior — tenente-coronel do Exército;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros — tenente-coronel;
  • Wladimir Matos Soares — policial federal.

Agenda das audiências

A seguir, a lista das testemunhas que serão ouvidas hoje:

22/7 – 9h (réu: Fabrício Moreira de Bastos):

Testemunhas:

Cleverson Ney Magalhães
Rodolfo Roque Salgueiro De La Veja
Roberto Pereira Angrizani
Jorge Alfredo Henrique Oliveira
Nilton Diniz Rodrigues
Coronel Linhares

22/7 – 9h (réu: Hélio Ferreira Lima):

Testemunhas:

Davi Alecrim Ferreira Lima
Andressa Silva Costa
Fabio Matheus Do Amaral
Eduardo Holcsik
Celso Antonio Vieira De Paiva Junior

22/7 – 9h (réu: Márcio Nunes De Resende Júnior):

Testemunha:

Valerio Stumpf Trindade

22/7 – 9h (réu: Rafael Martins De Oliveira):

Testemunhas:

José Múcio Monteiro Filho
Carlos De Almeida Baptista Junior

22/7 – 9h (réu: Rodrigo Bezerra De Azevedo):

Testemunhas:

Ledson Schwalb
Bruno Hammel Sobreira
Filipo Linhares Martins

22/7 – 9h (réu: Ronald Ferreira De Araújo Júnior):

Testemunhas:

Carlos Giovani Delevati Pasini
Alexandre Castilho Bittencourt Da Silva
Anderson Lima De Moura

Implicações deste julgamento

O desfecho deste julgamento promete ter repercussões significativas sobre a política e a segurança no Brasil. A análise das provas e o testemunho dos convocados são fundamentais para entender a extensão da suposta conspiração e os impactos que essa trama poderia ter causado à democracia brasileira. Além disso, o STF terá a tarefa de reforçar a sua posição em defesa do Estado de Direito e da correta função das instituições democráticas.

A sociedade brasileira observa atentamente o desenrolar deste caso, na esperança de que a justiça prevaleça e que os responsáveis por quaisquer atos que tenham ameaçado a democracia sejam devidamente responsabilizados.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes